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Capital

Funcionários e vizinhos ouviram “estouro” antes de atacadista pegar fogo

Até o momento, não há vítimas do incêndio que tomou conta do Fort Atacadista, na Avenida Presidente Vargas

Guilherme Correia, Bruna Marques e Geniffer Rafaela | 13/03/2022 08:59
Funcionários estão limpando e organizando o mercado após o incêndio. (Foto: Paulo Francis)
Funcionários estão limpando e organizando o mercado após o incêndio. (Foto: Paulo Francis)

Funcionários do Fort Atacadista, na Avenida Presidente Vargas, relatam ao Campo Grande News que ouviram um “estouro” no local, antes do incêndio que tomou conta do mercado ontem à noite (12). O som alto também foi notado por vizinhos que moram na região da Vila Sobrinho, na Capital.

Por volta das 7h de hoje, não havia equipes do Corpo de Bombeiros Militar no estabelecimento, mas trabalhadores limpavam os danos deixados pelas chamas com água, sabão e rodos. Eles também moviam pallets e caixas para o lado de fora.

A Perícia deverá comparecer na unidade, ainda hoje, para averiguar a causa da ocorrência.

O fogo começou no fundo do mercado, atingiu a copa e duas salas do setor administrativo da unidade, sem alcançar a área de vendas, segundo o Fort. O estabelecimento também informou que ninguém ficou ferido.

Ontem, o Corpo de Bombeiros informou ao Campo Grande News que o alvará da unidade está em dia, com vencimento previsto para agosto deste ano, portanto, a loja cumpre com as exigências de prevenção a incêndios.

Local está fechado nesta manhã aos clientes e ainda não há  previsão de reabertura. (Foto: Paulo Francis)
Local está fechado nesta manhã aos clientes e ainda não há  previsão de reabertura. (Foto: Paulo Francis)

Estouro - Um auxiliar de serviços gerais, que estava do lado de dentro do mercado, relata que o fogo começou por volta das 21h20 e que se assustou com o barulho. “Estava ali, na hora, tomando água e estava com fone de ouvido, bem alto. Mesmo assim, escutei o barulho, e aí tirei o fone e comecei a sentir cheiro de queimado.”

Saí para as portas dos funcionários e todo mundo começou a correr. Eu e outros funcionários pegamos nossas mochilas e saímos. Tinha clientes, na hora, mas não sei onde o fogo começou.”

Ele comenta que a primeira reação que teve foi sair correndo do local, por achar que poderia se ferir com o fogo. “Nossa, deu um surto, em mim, e fiquei traumatizado. Achei que ia acontecer alguma coisa, comigo, na hora.”

Na região, a supervisora de merchandising Elisangela Santos, de 41 anos, moradora em rua na frente ao mercado, comenta que saiu para ver o incêndio após ser avisada pelo filho. “Ele me chamou e falou que estava pegando fogo. Quando saí para ver, estava saindo fumaça no fundo, dos lados, mas achei que era algo no matagal ali atrás.”

Os bombeiros não tinham chegado ainda, mas acho que a brigada de incêndio deles conseguiram conter o fogo. Quando eles [bombeiros] chegaram, as chamas já não estavam mais altas. Quando saí para ver, ouvi o barulho de explosões."

Funcionária limpa o local que foi tomado pelo fogo. (Foto: Paulo Francis)
Funcionária limpa o local que foi tomado pelo fogo. (Foto: Paulo Francis)

Ela comenta também que o cheiro da fumaça não chegou a incomodar. “Tinha um pouco de cheiro de fumaça, mas nada que interferisse na gente de ficar em casa.”

Clarisvaldo relata que ficou com medo do incêndio quando chegou em casa. (Foto: Paulo Francis)
Clarisvaldo relata que ficou com medo do incêndio quando chegou em casa. (Foto: Paulo Francis)

O agente de passagem de ônibus, Clarisvaldo Cavalcante, de 60 anos, comenta que chegou em casa, nas proximidades, e viu que os bombeiros já estavam ali. “Já tinham controlado o fogo. Segundo o que falaram para a gente, foi no depósito do fundo que o fogo começou, não tinha mais fumaça e aqui em casa, não ficou cheiro de nada.”

Preocupado, ele diz que a esposa também ouviu uma explosão no local, antes das chamas tomarem conta do atacadista. “Quem não fica preocupado? A gente mora bem de frente, minha esposa estava em casa. Quando ela me ligou para falar, eu já estava chegando, tinha muita gente para fora, movimentou a vila, todo mundo olhando.”

Sem vítimas - Ainda segundo o Fort Atacadista, a loja foi totalmente evacuada logo no primeiro foco do incêndio e não foram identificadas vítimas.

O advogado Cezar Tavares, de 53 anos, relata por meio do canal Direto das Ruas que estava dentro do local de compras, quando foram informados por uma funcionária para que saíssem. "Teria começado um foco de incêndio no teto do atacado, no forro, onde não tem estoque de alimentos e de circulação de funcionários."

Vimos que uma senhora foi retirada carregada pelos braços ajudada por clientes e funcionário e no momento, a energia do local foi desligada, provavelmente por funcionários com a intenção de evitar que o fogo se alastrasse para outras áreas. Não vimos ninguém gravemente ferido porque o local foi esvaziado muito rápido", relata.

Esse é o terceiro grande incêndio em prédios da Capital nesta semana. Na quarta-feira (9), parte de um prédio residencial na Rua 15 de Novembro foi destruída depois de chamas que começaram no sexto andar se espalharem pelo imóvel. Na sexta-feira (11), espaço onde funcionava uma floricultura ficou destruído após chamas se espalharem pelo local.

Há mais de um ano, incêndio de grandes proporções atingiu unidade do Atacadão, em Campo Grande.

(*) matéria editada às 9h32 para acréscimo de informações.

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