Geografia e fortes chuvas “detonam” asfalto na Rachid Neder
Uma chuva mais forte e o cenário é o mesmo: o asfalto é levado pela enxurrada, que invade as casas e comércios localizados na Avenida Rachid Neder, que divide os bairros Monte Castelo e São Francisco. Os moradores e comerciantes sabem do problema e apontam algumas soluções.
As chuvas dessa semana deixaram sua marca na avenida. Um buraco impede que os motoristas transitem pela faixa da esquerda, no sentido bairro-centro, no cruzamento da Rachid Neder com a Pedro Celestino.
O serralheiro Orivaldo Martins, de 43 anos, trabalha no local há seis anos. Ele reclama que o asfalto parece muito fino e que a construção da avenida camuflou um problema.
“Embaixo do asfalto, passa um córrego. A chuva desce desde o bairro Coronel Antonino, e também do Monte Castelo e São Francisco. A Rachid Neder é o final de um funil. Por isso, toda a água represada termina aqui e destrói tudo por onde passa”, conta o serralheiro.
Orivaldo relata ainda que a água invade o escritório da serralheria, chegando a cerca de 50 centímetros de altura. “Acho que tinha que ter mais bocas-de-lobo. Não sou engenheiro, mas a água não tem pra onde escorrer”, disse.
O buraco na esquina da Rachid Neder com a Pedro Celestino teve o asfalto retirado e abandonado na calçada. No dia 6 de janeiro, quando uma tromba d’água atingiu a cidade em alguns pontos, o asfalto na Rachid Neder cedeu no trecho centro-bairro.
O remendo no asfalto é visível para os motoristas. Funcionários de uma garagem de veículos relatam que na chuva da semana passada, o carro de uma cliente chegou a ser levado pela enxurrada. O dano só não foi maior porque o veículo estava no sentido correto da via.