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Capital

“Gordão da Falcon” e “MCD” são condenados a 26 anos por matar no tribunal do PCC

Corpo da vítima, Maykel Martins Pacheco, segue desaparecido desde 2019 quando crime ocorreu

Por Gabriela Couto e Ana Paula Chuva | 08/02/2024 22:10
A frente, Márcio Fernandes, atrás, Wesley Torres, entrando no plenário do Tribunal do Júri, nesta quinta-feira (8) (Foto: Bruna Marques)
A frente, Márcio Fernandes, atrás, Wesley Torres, entrando no plenário do Tribunal do Júri, nesta quinta-feira (8) (Foto: Bruna Marques)

O Tribunal do Júri condenou dois integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), nesta quinta-feira (8), em Campo Grande. Wesley Torres da Silva, conhecido como “Gordão da Falcon”, e Márcio Fernandes Feliciano, o “MCD”, foram condenados a 26 anos na soma das penas.

Os dois foram julgados culpados no envolvimento na morte do jovem Maykel Martins Pacheco, 19 anos, ocorrida em 2019. O rapaz foi vítima de uma sessão de tortura, a mando da facção. Até hoje, o corpo do rapaz não foi encontrado.

O júri decidiu que Wesley “Gordão da Falcon” terá de cumprir 4 anos e 10 dias-multa pelos crimes de cárcere privado: 1 ano e participar de organização criminosa. Já Márcio Fernandes vai ficará preso por 22 anos e 10 dias-multa pelos crimes de homicídio doloso qualificado e integrar organização criminosa.

 O caso - Maykel foi vítima de uma sessão de tortura, a mando de uma facção criminosa atuante dentro e fora dos presídios, de acordo com a denúncia. No entanto, o corpo da vítima nunca foi achado.

Durante a captura de um dos envolvidos, Wesley Torres da Silva revelou detalhes de como o crime aconteceu. Em depoimento, relatou que era simpatizante da facção, vendia drogas na região da Vila Nhanhá e na antiga rodoviária e fazia alguns serviços para integrantes do PCC.

Maykel passou a noite no local, em “julgamento”, e na manhã do dia seguinte foi levado para o local em que foi executado, uma estrada vicinal da Estação Guavirá.

Na versão de Wesley, ele ficou vigiando a região enquanto os outros entravam em uma mata com a vítima. De longe ouviu tiros. Afirmou ainda que todos fugiram logo em seguida, por conta da aproximação de um carro.

Mais condenados – No dia 19 de outubro de 2023, Márcio Douglas Pereira Rodrigues e Tales Valensuela Gonçalves foram condenados pelo mesmo crime. Somadas, as penas resultam em 42 anos de reclusão em regime fechado.

De acordo com os autos, Tales foi o primeiro a ter a sentença anunciada na 1ª Vara do Tribunal do Júri. O Conselho o condenou por cárcere privado e homicídio doloso, o que totaliza a pena de 21 anos e pagamento de 10 dias-multa.

Já para Márcio, o grupo considerou a prática de violência excessiva contra a vítima. Pela regra do cúmulo material, o autor recebeu a pena de 21 anos de prisão.

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