Justiça mantém prisão de fornecedor de armas para facções brasileiras
Aldo Cantero Cáceres foi preso em dezembro do ano passado no Paraguai, durante a Operação Dakovo
A Justiça do Paraguai manteve a prisão preventiva de Aldo Cantero Cáceres, um dos presos no âmbito da Operação Dakovo, deflagrada em dezembro do ano passado para desmantelar esquema de tráfico internacional de armas.
Na lista dos dez cidadãos paraguaios com pedido de extradição feito pela Justiça Federal brasileira, Cáceres é acusado de desempenhar papel importante na organização que nos últimos três anos teria enviado ao menos 40 mil armas para o Comando Vermelho e PCC (Primeiro Comando da Capital), as duas principais facções criminosas brasileiras.
Aldo Cáceres é apontado nas investigações da Polícia Federal brasileira e da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) como o elo entre a empresa IPS (Internacional Auto Supply) e as facções.
Com apoio de militares da Dimabel – órgão responsável pelo controle de armas no Paraguai – a IAS importava legalmente armas de países do leste europeu, simulava venda para cidadãos paraguaios e desviava o armamento para o crime organizado.
A defesa do investigado pediu relaxamento da prisão, mas o juiz especializado em crime organizado Osmar Legal negou o recurso e manteve a preventiva. Segundo os investigadores, Cáceres era dono de empresa de fachada que simulava a venda de armas e mandava os fuzis e pistolas para criminosos brasileiros.
Além de Aldo Cáceres, a Justiça Federal na Bahia – onde as investigações começaram – requereu a extradição de Maria Mercedes Ocampos, Eliane Marengo, Manuel Antonio Gómez, Arnaldo Cubas, Angel Flecha, Ricardo Morra, Julio Cubas, da capitã do Exército paraguaio Josefina Cuevas e da primeira-tenente Cinthia Turró.
Donos da IAS e apontados como os chefes do esquema criminoso, o empresário argentino Diego Dirisio, 49, e a mulher dele, a ex-modelo Julieta Nardi, 41 continuam foragidos.
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