Guarda Municipal fará segurança de servidores da saúde em Campo Grande
Ao menos uma agressão física é registrada por semana e pelo menos uma agressão verbal diária no serviço de atendimento público municipal
Depois da audiência pública realizada na Câmara Municipal, nesta quarta-feira (22), que tratou da violência sofrida pelos profissionais da saúde em Campo Grande, a Prefeitura determinou reforço da GCM (Guarda Civil Municipal) nas unidades da Capital a partir de abril.
O secretário de Segurança Pública, Valério Azambuja, explicou que foi preciso iniciar um processo de readequação nas escalas dos guardas para garantir agentes nas principais unidades. De acordo com ele, as 10 unidades que atendem urgência e emergência, consideradas pontos críticos, terão a segurança reforçada por 24 horas.
“ Vamos manter dois guardas por turno fazendo a segurança destas unidades, zelando assim pelo servidor e também pelo paciente. Nós temos inúmeros casos de pessoas que chegam alteradas na unidade e agridem os profissionais, seja verbalmente ou fisicamente. Com este reforço, vamos coibir esse tipo de atitude e dar mais tranquilidade para que o profissional possa trabalhar”, destacou o secretário de segurança.
O secretário de Saúde, Marcelo Vilela, reforçou que, antes mesmo de se coibir a violência de forma repreensiva, principalmente quando se trata de um serviço de saúde pública, é preciso dar condições ao profissional de acolher bem o paciente que, na maioria das vezes, já está fragilizado e descontente com o atendimento.
“Nós precisamos trabalhar bem com o acolhimento deste paciente, que chega procurando atendimento em uma unidade e muitas vezes não encontra, ou fica esperando horas e horas. E aí ele desconta no servidor que está na ponta e exposto a esse tipo de situação. Somente com uma reorganização de todo o sistema nós vamos mudar essa realidade”, ponderou.
Dados da audiência apontam que, atualmente, é registrada ao menos uma agressão física por semana e pelo menos uma agressão verbal diária no serviço de atendimento público municipal. Entre elas, 70% das agressões registradas oficialmente são de mulheres.