Idoso achou ser acidente e se assustou ao ver homem morto dentro de carro
Carro de Julio César, morto a tiro, só não entrou na casa do idoso porque foi contido por monte de areia
O assassinato de Julio Cesar da Silva, 51 anos, assustou os moradores da Rua General Walter Gustavo Escheneek, no Jardim São Conrado, em Campo Grande, no final da tarde de sábado (19). A vítima dirigiu por quatro quadras e meia após ser atingido com o tiro no pescoço.
Ao Campo Grande News, o dono da casa onde o carro de Julio parou, Ramiro da Silva, 70 anos, disse que estava assistindo televisão quando ouviu o barulho do veículo, mas achou que fosse um acidente e saiu para ver.
“Sempre tem acidente por aqui. Sai e vi o carro parado, começou a juntar curiosos e o passageiro saiu pedindo para chamar a polícia, ai que vi o homem no banco do motorista com muito sangue na camisa e braço”, disse Ramiro.
O idoso ainda contou que em poucos minutos equipes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil fecharam a rua e o carro só não entrou na casa dele por conta de um monte de areia em frene ao local.
“Se não tivesse esse monte de areia ele tinha entrado na minha casa. Nunca tinha visto um assassinato por aqui. Moro há 40 anos aqui e é a primeira vez que vejo isso”, contou.
Vizinha a casa, uma mulher de 55 anos, que preferiu nãos e identificar, contou que não ouviu nada, mas quando saiu para colocar o lixo para fora se deparou com a movimentação.
“Fui ver o que tinha acontecido e vi que tinha alguém morto. Tinha muita polícia, a rua estava fechada. Na hora que sai para ir para a igreja ainda tinha muito movimento. Nunca tinha visto algo assim”, afirmou a mulher.
O crime – Julio foi morto após ir cobrar uma dívida de R$ 1 mil. Ele teria discutido por telefone com o suspeito ainda na manhã de ontem, quando foi ameaçado, mas mesmo assim foi ao local na Rua Candomblé no bairro, acompanhado de outro vendedor.
A vítima é de Araújos (MG) e estava há apenas 15 dias em Campo Grande, a trabalho. Ele foi atingido por um tiro no pescoço e chegou a dirigir por quatro quadras e meia, até que não resistiu e morreu, parando o carro em frente a casa na General Walter Gustavo Escheneek.
O outro vendedor, Rodolfo Antônio Martins, 33 anos, foi ferido a coronhadas na cabeça. Dois suspeitos já foram identificados pela Polícia Civil e um deles, o que matou Júlio César, é considerado foragido. Segundo informações apuradas pela reportagem, o corpo já foi liberado está no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e deve ser levado para Minas Gerais.