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Capital

Igreja faz levantamento e pode ceder área para favela só no 2º semestre

Michel Faustino | 29/01/2015 15:00
Dom Dimas afirmou que permuta vai depender de levantamento feito pela igreja. (Foto: Marcos Ermínio)
Dom Dimas afirmou que permuta vai depender de levantamento feito pela igreja. (Foto: Marcos Ermínio)

A novela envolvendo a transferência dos moradores da favela Cidade de Deus, localizada nas intermediações do lixão, no bairro Dom Antônio Barbosa, para uma nova área no Jardim Noroeste, região leste da Capital, continua e um novo impasse deve ocorrer, ao menos em um primeiro momento.

Anunciada pelo prefeito Gilmar Olarte (PP) como solução para ampliar a área no Noroeste que deve receber cerca de 200 famílias da Cidade de Deus, a permuta de terrenos com a igreja católica só deve ser concretizada após levantamento que ficará pronto somente no 2ª semestre deste ano, segundo o arcebispo metropolitano Dom Dimas Lara Barbosa.

De acordo com Dom Dimas, o levantamento das áreas pertencentes à igreja, que eventualmente poderão ser utilizadas em permuta, começou a ser feito no fim do ano passado, justamente, pelo interesse do município de algumas áreas, entre elas, algumas localizadas no Jardim Noroeste, que ficam anexas a área já desapropriada para receber os moradores da Cidade de Deus.

Impasse - A transferência da favela Cidade de Deus, nas imediações do lixão, bairro Dom Antônio Barbosa, na saída para Sidrolândia, foi definida pela Justiça em 5 de dezembro de 2014. Além dos 25 quilômetros de distância, o desafio é dotar o novo endereço com infraestrutura, escola, atendimento médico e linhas de ônibus para atender as 240 famílias.

A mudança também resultou em desapropriações e briga por área no Jardim Noroeste. No dia 30 de dezembro do ano passado, Arthur Altounian obteve na Justiça a reintegração de posse. Ele denunciou que a Prefeitura de Campo Grande invadiu área particular.

No dia 7 de janeiro, a prefeitura desapropriou a área de 4,8 mil metros quadrados e a defesa do aposentado prometeu recorrer da decisão. Na semana seguinte, mais seis lotes foram desapropriados. No Jardim Noroeste, o terreno, novo endereço da famílias, já tem postes para energia elétrica e hidrômetros.

Procurado pelo Campo Grande News o procurador geral do município, Fabio Castro Leandro, disse que ainda aguarda uma decisão da Justiça para transferir os moradores.

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