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Capital

Imbróglio sobre fim da favela Cidade de Deus deve durar até o fim do ano

Paulo Nonato de Souza e Richelieu de Carlo | 03/07/2017 12:10
Abertura de curso com 60 moradores nesta segunda-feira teve a presença do prefeito Marquinhos Trad (Foto: Richelieu de Carlo)
Abertura de curso com 60 moradores nesta segunda-feira teve a presença do prefeito Marquinhos Trad (Foto: Richelieu de Carlo)

Considerando a duração de 45 dias de curso de qualificação dos moradores para as obras de conclusão das casas, que devem durar em torno de quatro meses, a Prefeitura de Campo Grande estima que em cinco meses terá resolvido o imbróglio em torno da remoção de famílias da favela Cidade de Deus, iniciada em março de 2016.

A remoção das famílias para quatro áreas em diferentes regiões de Campo Grande aconteceu sem que as novas casas estivessem concluídas, a maioria não tinha nem teto, em acordo firmado entre a prefeitura e o Governo do Estado proporcionará que os moradores sejam os construtores das próprias casas.

Pelo acordo, o Governo do Estado entra com o investimento de R$ 4,9 milhões e a prefeitura investirá na qualificação dos moradores para a mão de obra. O curso terá duas etapas, e a primeira teve início nesta segunda-feira, 03, no bairro Vespasiano Martins com a participação de 60 pessoas. A segunda etapa, no Cecap (Centro de Capacitação de Recursos Humanos), na região central de Campo Grande, terá 100 moradores.

“Estamos investindo no aprimoramento do conhecimento dos moradores, que vão receber toda a qualificação gratuitamente e eles vão poder colocar em prãtica o que aprenderem na construção das próprias casas. Isso sai mais em conta para a prefeitura, inclusive vamos estudar a possibilidade de estender esse programa para reforma de escolas e Ceinfs (Centro de Educação Infantil), comentou o secretário municipal de Habitação, Eneas José de Carvalho.

Além das aulas grátis de qualificação na área da construção civil, que pode virar profissão em setores como pedreiro, pintor, servente de pedreiro e carpintaria, os alunos vão receber um salário mínimo (R$ 937) e uma cesta básica.

“Esse projeto ajuda na recolocação dessas pessoas no mercado de trabalho. É um projeto pioneiro em Mato Grosso do Sul e talvez até em nível nacional, e pode se tornar referencia para todo o Brasil”, disse o prefeito Marquinhos Trad (PSD) ao participar do ator de abertura do curso no bairro Vespasiano Martins.

Histórico - A desocupação da favela Cidade de Deus teve início no dia 7 de março de 2016, ainda na gestão do ex-prefeito Alcides Bernal (PP). Os moradores seguiram para quatro terrenos, além do Jardim Canguru, nos bairros Vespasiano Martins, loteamento Bom Retiro, na região da Vila Nasser, e no Dom Antônio Barbosa (ao lado da Cidade de Deus).

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