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Capital

Juiz concede liberdade à dentista que tentou sair de boate sem pagar

Jovem de 26 anos estava com revólver calibre 357 e chegou a agredir segurança; ela afirmou ter epilepsia

Por Ana Paula Chuva | 26/05/2024 12:45
Entrada do Fórum Heitor de Medeiros em Campo Grande (Foto: Alex Machado)
Entrada do Fórum Heitor de Medeiros em Campo Grande (Foto: Alex Machado)

O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida concedeu liberdade provisória para a dentista de 26 anos, identificada apenas como Mariana, que tentou sair sem pagar da Valley Pub, na madrugada de sábado (25). A jovem estava com um revólver calibre 357 e chegou a agredir uma segurança do local.

Mariana passou por audiência de custódia neste domingo (26), em depoimento ela afirmou que saiu da boate por volta das 3h, mas que neste momento houve uma confusão porque trocaram sua comanda. O documento é identificado pelo CPF do cliente e ela alegou que um funcionário avisou que sua conta estava paga, porém ela deveria pagar o que estava em suas mãos.

De acordo com o relato da dentista, a comanda que queriam que ela pagasse estava em nome de um homem identificado como Otávio e que uma funcionária da boate partiu para cima dela a enforcando. Mariana diz que decidiu ir embora, mas voltou para o local porque queria as imagens das câmeras de segurança.

Ainda segundo o relato da jovem, quando ela voltou para a boate foi agredida por um homem que se identificou como policial. Conforme a versão dela, ele jogou sua cabeça no chão e lhe deu chutes e socos, em seguida a algemou e torceu seus ombros, pescoço e pulsos que estão com hematomas.

Logo após esse homem, que trabalha como segurança da boate, foi até o carro da dentista e encontrou a arma de fogo. Ela alegou que tem o revólver porque é CAC (Colecionador,
 Atirador Desportivo e Caçador) e que o objeto é registrado e estava no veículo pois ela estava preparada para ir ao clube de tiros na Avenida Duque de Caxias.

Mariana ainda negou ter mostrado a arma ou usado para ameaçar qualquer pessoa na boate. Ela disse ainda que não ingere bebida alcoólica por questões de saúde e que ficaram desmerecendo-a porque estava tendo convulsões no momento das agressões e que ela tem medo de ter as crises de epilepsia enquanto estiver presa.

Na frente do juiz ela contou ter sido vítima de agressões, tortura e maus-tratos no momento da prisão em flagrante, mas não sabia a qual corporação o suposto policial pertencia. O magistrado, concluiu que não há indícios de que a liberdade da dentista prejudique o andamento da instrução criminal, com isso, determinou que ela fosse solta.

Porém, Mariana deve comparecer em juízo mensalmente e teve a inscrição no registro de armas suspenso. O alvará de soltura foi expedido. Não há informações se o amigo da dentista, identificado como Luiz Carlos, tenha passado por audiência de custódia também.

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