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Capital

Júri é anulado e homem que matou suspeito de furto volta a julgamento

Lourival de Souza Fernandes é acusado de ter matado a tiros Anderson Aparecido Ferreira, suspeito de furto

Viviane Oliveira e Clayton Neves | 24/10/2019 11:50
Lourival sentado no banco dos réus pelo segunda vez. Ele afirma que matou por legítima defesa (Foto: Clayton Neves)
Lourival sentado no banco dos réus pelo segunda vez. Ele afirma que matou por legítima defesa (Foto: Clayton Neves)

O auxiliar de serviços gerais Lourival de Souza Fernandes, 41 anos, absolvido por legitima defesa no dia 7 de fevereiro deste ano por matar um homem suspeito de furto com seis tiros, enfrenta novamente o júri popular após o Mistério Público recorrer da sentença. Na ocasião, o réu foi condenado a 2 anos em regime aberto e dez dias multa apenas por porte de arma.

Ele é acusado de ter matado a tiros Anderson Aparecido Ferreira, suspeito de furto. O crime aconteceu há pouco mais de três anos, por volta das 7h45 do dia 2 de maio de 2016, na Rua Sebastião Ferreira, no Bairro Jardim Colorado.

Conforme a denúncia do Ministério Público, uma semana antes do assassinato, Lourival recebeu ligação da namorada afirmando que Anderson havia entrado novamente em sua casa e furtado vários objetos. O réu, então, se armou com revólver calibre 32 e foi ao imóvel do suspeito. “Como marido eu tinha obrigação de defender ela”, disse o réu durante julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri.

Anderson foi surpreendido por um disparo no momento em que abria a porta da residência. Mesmo baleado, ele tentou fugir passando pelo quintal da vizinhança, mas foi perseguido e atingido por mais disparos.

Após o crime, Lourival fugiu. A vítima foi socorrida ao Posto de Saúde do Bairro Aero Rancho e na sequência transferida à Santa Casa, onde permaneceu internada em coma induzido por 23 dias. O óbito foi atestado no dia 25 de maio. Lourival afirmou ainda aos jurados que a intenção não era matar e sim pegar de volta os objetos que haviam sido furtados.

Porém, na versão dele, só atirou porque Anderson foi para cima dele com uma faca em mãos. “Foi quando puxei o gatilho e atirei. Corri atrás dele porque não percebei que ele estava baleado. Só vi o sangue depois que trocamos soco no quintal da casa de uma vizinha”, contou.

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