Justiça proíbe mãe que fazia terror psicológico de se aproximar de filho
A mulher também está proibida de manter contato com a criança, por qualquer meio de comunicação
A mãe que enviou 52 áudios para o filho de 8 anos fazendo terror psicológico foi proibida pela Justiça de se aproximar da criança. Tanto a mulher quanto o atual marido dela devem manter distância mínima de 200 metros da vítima. O caso foi denunciado pelo pai do menino.
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Conforme o mandado de intimação, que deferiu a medida protetiva, mãe e padrasto também estão proibidos de encaminhar mensagem, como por exemplo de WhatsApp, para a criança. Caso haja descumprimento, os dois serão presos. A mulher usava passagens bíblicas para ameaçar o filho.
Conforme o comerciante de 29 anos, pai da vítima, desde dezembro do ano passado o filho está sob sua guarda. O menino passou a morar com o pai após a mãe ligar pedindo para que ele o buscasse. Foi somente depois da mudança que as agressões e os áudios com ameaças foram descoberto.
Na semana passada, pai foi à DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) para registrar boletim de ocorrência por maus-tratos e pedir medidas de proteção para a criança. O menino passou por uma escuta especializada.
No boletim de ocorrência, está descrito que o menino apanhava com fios de energia e chineladas. Também foi relatado que dormia em colchão no chão e, por diversas vezes, ouviu a mãe e o atual companheiro mantendo relações sexuais.
Em um dos áudios, a mulher ameaça o filho por ter exposto ao pai a intimidade do casal. “Eu vou caçar você nem que seja no inferno. Eu vou pegar você *** e vai ser o pior dia da sua vida. Eu vou te arrebentar, vou te deixar em uma UTI para te ensinar o que é respeito. Nunca mais na sua vida você vai abrir a boca para faltar com respeito comigo [....]. Você não abre a sua boca para falar da minha intimidade”, diz a mãe em outro áudio.
Alívio - O pai da criança disse que ficou aliviado ao receber, nesta manhã, o deferimento da medida protetiva e aproveitou para fazer um alerta a todas as famílias. “Se vocês notarem comportamento diferente nas crianças, denunciem, se for necessário, e não tenham medo. A violência contra crianças e adolescentes está presente no nosso dia a dia. Tenham cuidado com os padrastos, sejam cautelosos com as madrastas de seus filhos”, destacou.
Segundo o comerciante, hoje poderia ser um pai que estaria lamentando, talvez chorando por uma tragédia. “Eu tive tempo de agir. Se você pode, aja! O mais triste é saber que as pessoas usam a religião e o nome de Deus para justificar seus maus-tratos com o próximo”, alertou.
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