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Capital

Justiça proíbe mãe que fazia terror psicológico de se aproximar de filho

A mulher também está proibida de manter contato com a criança, por qualquer meio de comunicação

Por Viviane Oliveira | 25/03/2025 10:05

A mãe que enviou 52 áudios para o filho de 8 anos fazendo terror psicológico foi proibida pela Justiça de se aproximar da criança. Tanto a mulher quanto o atual marido dela devem manter distância mínima de 200 metros da vítima. O caso foi denunciado pelo pai do menino.

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A Justiça proibiu uma mãe de se aproximar do filho de 8 anos após denúncias de terror psicológico e agressões. A mulher e o padrasto também estão proibidos de contatar a criança, sob pena de prisão. O caso veio à tona após o pai da criança registrar um boletim de ocorrência, relatando agressões físicas e psicológicas, incluindo ameaças através de áudios com passagens bíblicas. O pai expressou alívio com a medida protetiva e alertou outras famílias sobre a importância de observar e denunciar possíveis sinais de violência contra crianças e adolescentes.

Conforme o mandado de intimação, que deferiu a medida protetiva, mãe e padrasto também estão proibidos de encaminhar mensagem, como por exemplo de WhatsApp, para a criança. Caso haja descumprimento, os dois serão presos. A mulher usava passagens bíblicas para ameaçar o filho.

Conforme o comerciante de 29 anos, pai da vítima, desde dezembro do ano passado o filho está sob sua guarda. O menino passou a morar com o pai após a mãe ligar pedindo para que ele o buscasse. Foi somente depois da mudança que as agressões e os áudios com ameaças foram descoberto.

Na semana passada, pai foi à DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) para registrar boletim de ocorrência por maus-tratos e pedir medidas de proteção para a criança. O menino passou por uma escuta especializada.

No boletim de ocorrência, está descrito que o menino apanhava com fios de energia e chineladas. Também foi relatado que dormia em colchão no chão e, por diversas vezes, ouviu a mãe e o atual companheiro mantendo relações sexuais.

Em um dos áudios, a mulher ameaça o filho por ter exposto ao pai a intimidade do casal. “Eu vou caçar você nem que seja no inferno. Eu vou pegar você *** e vai ser o pior dia da sua vida. Eu vou te arrebentar, vou te deixar em uma UTI para te ensinar o que é respeito. Nunca mais na sua vida você vai abrir a boca para faltar com respeito comigo [....]. Você não abre a sua boca para falar da minha intimidade”, diz a mãe em outro áudio.

Alívio - O pai da criança disse que ficou aliviado ao receber, nesta manhã, o deferimento da medida protetiva e aproveitou para fazer um alerta a todas as famílias. “Se vocês notarem comportamento diferente nas crianças, denunciem, se for necessário, e não tenham medo. A violência contra crianças e adolescentes está presente no nosso dia a dia. Tenham cuidado com os padrastos, sejam cautelosos com as madrastas de seus filhos”, destacou.

Segundo o comerciante, hoje poderia ser um pai que estaria lamentando, talvez chorando por uma tragédia. “Eu tive tempo de agir. Se você pode, aja! O mais triste é saber que as pessoas usam a religião e o nome de Deus para justificar seus maus-tratos com o próximo”, alertou.

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