Ladrão de caminhão é condenado a 14 anos porque atirou em PRF
Magno Santana Soares foi codenado em júri a 14 anos e cinco meses por atirar em três policiais durante fuga
Magno Santana Soares, suspeito de roubar caminhão em Nova Olímpia (Mato Grosso) e “abrir fogo” contra três policiais rodoviários federais enquanto passava pela BR-163, em Campo Grande, durante a fuga, foi condenado a 14 anos e cinco meses de reclusão em júri popular na Justiça Federal em 1º grau. Além das três tentativas de homicídio, Magno foi condenado por porte ilegal de arma de fogo.
Segundo o processo, no dia 28 de dezembro de 2022, por volta das 10h30, Magno desrespeitou ordem de parada, fugiu por 14 km da rodovia, fazendo manobras e ultrapassagens proibidas. Inclusive, os demais veículos foram obrigados a sair da pista para evitar acidentes. Um vídeo mostra parte da fuga.
Depois, o criminoso entrou em uma estrada vicinal e, ao abandonar o caminhão, fez quatro disparos contra os policiais com um revólver calibre 38. Os agentes, que não se feriram, revidaram e o homem foi baleado no quadril. Magno ainda escapou do cerco e só foi preso no dia seguinte por guardas metropolitanos, em Anhanduí, distrito de Campo Grande.
Ladrão de caminhão - Dois dias antes da prisão, em 27 de dezembro de 2022, ele foi apontado como um dos assaltantes que rendeu caminhoneiro no Mato Grosso e fugiu com o veículo Mercedes-Benz L-1516, no golpe do falso frete. O motorista foi amarrado em uma árvore, enquanto o caminhão era trazido para Dourados.
Na madrugada de 28 de setembro, a vítima conseguiu fazer contato com a PM (Polícia Militar) de Nova Olímpia, que comunicou o roubo e a PRF passou a monitorar a BR-163. Na fase de audiências, a defesa de Magno Santana Soares pediu absolvição por falta de indícios suficientes.
Caso fosse negado, solicitou a desclassificação de tentativa de homicídio para disparo de arma de fogo ou de lesão corporal na forma tentada. Se essa teoria não prosperasse, a defesa apontou que o julgamento deveria ser por um único crime de tentativa de homicídio. A reportagem não conseguiu contato com o advogado do réu nesta quarta-feira (dia 24).
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