Ladrões se passam por policiais e fazem família refém
“Três caras armados já entraram e botaram a arma na minha cabeça”, conta adolescente
Família foi feita refém por quadrilha que chegou num Chevrolet Vectra e fingiu ser da Polícia Civil. O caso aconteceu na manhã deste sábado (dia 1º), no Bairro Cidade Morena, em Campo Grande.
Eles entraram no imóvel por volta das 10h, quando um adolescente de 17 anos estava saindo do local. “Quando abri o portão, os três caras armados já entraram, botaram a arma na minha cabeça e renderam a gente”, relata o morador. Ainda segundo ele, um quarto integrante do grupo permaneceu ao volante do Vectra preto.
Na casa, estava uma família de quatro pessoas: pai, mãe e dois filhos. A mulher de 35 anos e a filha de 10 anos foram presas num quarto. Enquanto o adolescente e o pai de 37 anos tiveram as mãos amarradas com abraçadeira “enforca gato”.
Logo na chegada, eles afirmaram que eram policiais e que iriam cumprir mandado contra uma pessoa identificada apenas como Raimundo. “Mas não acreditei quando chegaram se identificando como polícia. Polícia não amarra você com ‘enforca gato’. Eles falaram que tinham mandado de prisão para Raimundo. Meu esposo falou: mas quem é Raimundo? Um foi mais truculento e os outros dois foram mais maleáveis”, relata a mulher.
Após vasculhar a casa, os homens fugiram levando os celulares das vitimas e as chaves de dois veículos que estavam no imóvel: um Voyage e um Gol.
Na sequência, o adolescente conseguiu se soltar e pegou carona com um amigo para perseguir o Vectra. No caminho, pediu ajuda para uma equipe da GCM (Guarda Civil Metropolitana). O grupo foi localizado perto da UPA Universitário (Unidade de Pronto Atendimento), na Avenida Gury Marques. Os guardas apreenderam oito celulares, dois simulacros de pistola e um revólver calibre 38. Os homens foram presos, mas negam o crime.
Segundo a mulher, um ex-policial teria participação da ação criminosa, fato que ainda será apurado. A família também relata que havia um Gol cinza dando suporte para a quadrilha. O caso será registrado na Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).
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