Mães tentam, mas não há chance de vacinar adolescentes sem comorbidades
Sesau justifica que novo público só poderá ser imunizado, após autorização do Ministério da Saúde
Com a vacinação aberta para todas as pessoas maiores de 18 anos em Campo Grande, a expectativa é de quando os adolescentes poderão ser imunizados. Duas mães procuraram o Campo Grande News, questionando o porquê dos filhos não serem vacinados mesmo havendo sobra de doses.
Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), abrir a campanha para esse público depende de autorização do Ministério da Saúde. Até o momento, estudos conduzidos pela pasta e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberaram apenas a Comirnaty (Pfizer/BioNTech) para jovens de 12 a 17 com comorbidades.
Os demais imunizantes ainda não têm estudos conclusivos nesse público. O ministério já havia adiantado que só abriria a vacinação para adolescentes, após concluir a imunização dos adultos.
No dia 27 de julho, o ministro Marcelo Queiroga afirmou que após toda a população brasileira maior de 18 anos receber pelo menos a primeira dose, os adolescentes poderão ser contemplados.
“Em função da chegada de imunizantes e da eficiência na aplicação de vacinas, a nossa expectativa é vacinar toda a população maior de idade até setembro. Depois disso, vamos trabalhar com a vacinação de menores adolescentes e estudar a redução do intervalo entre doses”, declarou o ministro.
Ainda conforme a Sesau, nem o cadastro pode ser aberto para não criar expectativa, já que não há sequer previsão de quando será iniciada a vacinação desse público.
Ainda que Mato Grosso do Sul esteja com a vacinação mais avançada em todo o País, também não há como garantir a vacinação após o Estado ter redução nos lotes enviados pelo ministério.
“Nós temos feito a nossa parte e temos sido exitosos, mas percebemos que houve uma diminuição de doses para Mato Grosso do Sul. Por isso, estamos cobrando o Ministério da Saúde para que mantenha a distribuição de vacinas de forma proporcional para todo o país. Nós não podemos ser prejudicados”, declarou o secretário de estado de Saúde, Geraldo Resende, na semana passada.