Moradores reclamam de falta de energia em rua no Bom Retiro desde ontem
Sem luz desde 17h dessa sexta-feira (4), moradores da Rua Emanuel Henrique de Paula, no Bairro Bom Retiro, em Campo Grande, reclamam da falta de energia. Os relatos chegaram pelo Direto das Ruas de vizinhos que tiveram até de sair de casa e um comerciante que está com receio de perder toda a mercadoria.
"Estamos assim desde ontem. Todo o pessoal da nossa rua. Já pedimos para Energisa e eles só falam que estão vindo, estão vindo. Vou perder toda a minha bebida assim e meus frios", conta o comerciante Enzo Guimarães dos Santos Neto.
A conveniência de Enzo vende bebidas, sorvetes e ainda porções congeladas para petiscos. Segundo ele, foi depois da ventania e do temporal de ontem que a luz acabou e até agora não retornou. "E é só na nossa rua, tenho três freezers, estou com medo de chocar as bebidas e eu perder tudo", desabada.
A família relata que está ligando desde ontem na concessionária de luz. "Só daqui de casa ligamos oito vezes ou mais. Não aguento mais anotar protocolo", reclama.
Na mesma rua, a moradora Karen Fernandes de Morais relata que teve de sair de casa por medo de precisar fazer inalação em um dos filhos e não poder contar com a energia. "Tive que dormir na casa da minha mãe, tenho duas crianças e a mais nova tem asma, se precisasse fazer inalação, não teria como", descreve angustiada.
Ela também diz que ligou diversas vezes na Energisa, que foi dado um prazo de 4h, mas nada foi resolvido. "É um absurdo e isso já está corriqueiro na cidade. Ficamos até com medo de queimar algum eletrônico", exemplifica.
Resposta - Em nota, a Energisa informou que "a interrupção no fornecimento de energia ocorrida na Rua Emanuel Henrique de Paula, Bairro Bom Retiro, foi ocasionada pela queima de um transformador, atingido por descarga atmosférica depois da forte chuva de ontem, na Capital. Equipes da concessionária estiveram no local, mas devido à complexidade dos reparos, o fornecimento foi normalizado às 13h deste sábado".
Também apontou que "o cliente citado na reportagem não está cadastrado como atividade sensível na concessionária, e reforça que para atividades sensíveis ou essenciais - que dependam do fornecimento de energia de forma ininterrupta - legislações específicas dos setores exigem a implantação de geradores".
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