Moradores temem que erosão avance e atinja muros e casas
No bairro, duas crateras, uma na Rua Piraputanga e a outra na Rua Padre Burnier, preocupam os moradores
A chuva de ontem (4) abriu uma cratera na Rua Piraputanga, no Bairro Noroeste, em Campo Grande. O buraco fica em frente à casa do pedreiro Francinaldo Jacob Amara, de 23 anos. Ele tem medo da erosão se expandir e acabar engolindo o muro da casa dele.
“Como a minha casa fica muito perto do buraco, o meu medo é de chover mais e desbarrancar o meu muro. Moro aqui há mais de um ano e nunca vi a rua desse jeito. Antes, depois da chuva, só abria uma valeta pequena, mas ainda dava para os carros passarem”, lamentou.
A auxiliar de jardinagem Juliana Teixeira, de 35 anos, mora no bairro há três anos e também nunca tinha visto uma situação semelhante. “Nós temos um problema aqui. Toda a água do bairro desce para cá”, lamentou.
Como há vazamento em um dos canos na cratera que foi aberta pela força da enxurrada, os moradores temem ficar sem água. A concessionária Águas Guariroba foi acionada e informou que uma equipe está no local para realizar a manutenção da rede.
O mesmo problema acontece no cruzamento das ruas Padre Burnier com a Alzira Brandão. Galhos de árvores caíram sobre uma tubulação que passa pela nascente do Córrego Lageado.
Segundo o pedreiro Paulo Sergio Nunes, de 63 anos, cada vez que chove a erosão aumenta porque não há manutenção. Ele disse que também tem medo da cratera se expandir e acabar atingindo a casa dele, que fica próximo. “Isso aqui está virando um barranco. Precisa de manutenção”, reclamou.