“Foi um tsunami”, diz morador que teve a casa destruída pela força da água
Caso aconteceu na tarde desta quarta-feira, na Rua Nobres, em bairro localizada na região da Vila Nasser
“Foi um tsunami de água”, disse o advogado Donald Inácio, de 56 anos, dono da casa que foi destruída pela força da enxurrada. Ele e a esposa, Lurdes Nunes, da mesma idade, classificaram o episódio como “assustador”. Assista, acima, ao vídeo.
O caso aconteceu na tarde desta quarta-feira (4), na Rua Nobres, no Jardim Água Limpa Park, na região da Vila Nasser, em Campo Grande. Imagem do circuito de segurança da rua mostra o momento em que os móveis da cozinha são arrastados pela água.
Lurdes contou que mora na casa há pouco mais de 2 anos. Ontem, por volta do meio-dia, percebeu que havia uma infiltração no muro e, na sequência, passou a jorrar água.
No fundo da casa deles há uma construção, que acumula a água que vem da rua de cima. A mulher, então, teve a ideia de pegar uma enxada e ir pela lateral para saber de onde vinha a água. Foi nesse momento que a força da enxurrada arrebentou o muro dos fundos e invadiu a casa pela cozinha.
“Foi um horror, só deu tempo do meu marido me puxar. A enxurrada era tão forte que arrancou a porta. Foi assustador”, lamentou Lurdes. A água tomou conta de tudo e só começou a escoar quando a parede da cozinha cedeu. “Nisso a enxurrada foi levando tudo embora. Só consegui salvar as duas TVs, o sofá e um colchão”, contou.
A casa ficou repleta de lama. O cachorrinho da família, “o Neguinho”, chegou a desaparecer, mas depois foi encontrado em cima de uma cama. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil foram acionados. O casal teve que dormir na casa de parentes.
“É uma sensação que eu não sei explicar. Estamos aguardando o engenheiro da Defesa Civil para saber se a casa está condenada”, desabafou o advogado. Veja, abaixo, como ficou o imóvel logo após o ocorrido.
O acumulado de chuvas em Campo Grande atingiu os 159,2 milímetros nas últimas 12 horas, de acordo com o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul).
"É muita água em pouco tempo", disse a meteorologista do Cemtec, Valesca Rodrigues. Volume próximo a esse foi registrado apenas em 18 de agosto do ano passado, quando foram 104 mm, e em 11 de março de 2021, com 102 mm. As chuvas começaram às 5h da manhã e caiu de forma ininterrupta.
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