Morte de casal é 2ª tragédia na família dos "caçulas" Cristiane e Anderson
O casal morreu na manhã desta quarta-feira (27), após Anderson perder o controle da direção ao tentar desviar de um motociclista
Familiares e amigos de Cristiane Brites Dias e Anderson Almeida Brito, de 20 e 28 anos, se reuniram na manhã desta quinta-feira (28) para se despedir do casal que morreu após colisão na Avenida Gury Marques, em Campo Grande. A comoção era visível e lembrava a família uma dor já conhecida, a de perder um parente querido em um acidente de trânsito.
A primeira tragédia na família aconteceu em 2013, na BR-163, em São Gabriel do Oeste. De uma só vez, Edna Aparecida Bellei, de 53 anos, irmã de Anderson, perdeu os dois filhos, na época de 23 e 26 anos. Agora vê a família novamente reunida em uma despedida trágica e dolorosa. “Quando eu vi os dois caixões, voltou um filme na cabeça”.
O casal morreu na manhã desta quarta-feira (27), após Anderson perder o controle da direção ao tentar desviar de um motociclista, subir no canteiro central da avenida e atingir uma árvore. Eles haviam acabado de deixar o filho, de 5 anos, na escola quando a colisão aconteceu.
Anderson era o caçula de seis irmão. Cristiane a mais nova de cinco. Juntos desde a adolescência, os dois decidiram morar juntos na mesma época em que ela descobriu a gravidez, cinco anos atrás. Hoje, o filho do casal brincava perto do caixão dos pais, cuidado pelos tios.
“Ele ficou na casa de um amiguinho ontem, ninguém tinha estrutura psicológica. Ele está aqui, mas não associou o que aconteceu”, contou a prima de Anderson, servidora pública de 44 anos. O menino, segundo ela, deve ficar com a avó materna, com quem tinha mais contato depois dois pais.
“O que a família quer agora, e que se tiver alguma testemunha do acidente, que ela fale, procure a polícia, mesmo de forma anônima. Até onde sabemos, foi um ato imprudente de um motociclista que provocou esse desastre em duas famílias e deixou uma criança de cinco anos sem os mais”, pediu.
Raimundo Barbosa de Oliveira, de 49 anos, patrão de Anderson, lembra que há cerca de seis anos conheceu o funcionário. “Na época descobri que ele pagava aluguel e convidei ele para morar na oficina. Era um cara muito tranquilo, responsável, não andava em alta velocidade, era muito cuidadoso”, descreveu.
As causas do acidente são investigadas pela 4ª Delegacia de Polícia Civil.