Moto tem marcas de tiros e família inicia buscas por pintor sumido
Enquanto a Polícia Civil de Campo Grande não traz informações, a família do pintor Lauri Borges, 42 anos, desaparecido há nove dias, investiga o caso por conta própria. A irmã, Simone de Oliveira Borges, de 32 anos, disse que recentemente notou na moto dele algumas avarias, possivelmente causadas por disparos de arma de fogo.
Todavia, somente a análise de peritos dará a comprovação. “Estamos preocupados. Talvez ele tenha se metido em uma confusão que a gente não saiba”, disse Simone afirmando que o irmão era uma pessoa fechada, e que raramente relatava seus problemas para os demais familiares.
Lauri desapareceu na noite do dia 1° de julho, em frente à casa onde vivia com a mãe e o filho de seis anos, localizada no Jardim Colúmbia, região do Nova Lima. Na ocasião, vizinhos disseram tê-lo visto sendo obrigado a entrar em um carro com mais quatro pessoas. Ele era usuário de drogas.
Tais evidências levam os parentes a crer em sequestro. “Estamos tentando contato com todas as pessoas que conviviam com ele. Ainda não sabemos onde meu irmão possa estar, mas temos a esperança de que esteja vivo, esperando para voltar para a casa”, relatou.
Envolvimento amoroso – Simone ainda relata que o pintor mantinha um envolvimento amoroso com uma comerciante da região. A mulher é solteira, mas tem dois filhos, cada um com um pai de diferente e ambos os homens seriam de comportamento "difícil". Recentemente Lauri teria discutido seriamente com um deles.
“Nessas horas a gente começa a desconfiar de tudo. Desde que ele sumiu, fomos até o comércio dessa mulher e conversamos com ela que apesar de tudo, aparentava estar tranquila. Era uma tranquilidade fria, que até assustava diante de tudo que já aconteceu”, relatou.
Por conta própria – Um dos parentes do desaparecido é policial e tem ajudado a família nas buscas. Apesar da esperança de ver o irmão vivo, Simone conta que já passou por diversos locais como IML (Instituto Médico Legal) e hospitais. As próximas visitas serão nos "inferninhos" da Capital, onde criminosos jogam os corpos de suas vítimas. “Espero não vê-lo por lá”, disse.
O pintor desapareceu por volta das 22h. Ele tem aproximadamente um 1,90 m, magro e de pele clara. Tem uma tatuagem do Pica-pau no pescoço e um tribal no braço esquerdo. Na última vez que foi visto, trajava calça jeans e moletom xadrez nas cores preta e mostarda. A irmã alega que o caso foi denunciado, porém, até o fechamento desta edição a polícia disse não ter informações.