MP pede que homem que matou ex-namorado da esposa em emboscada vá a júri
Crime aconteceu em setembro do ano passado, quando a vítima foi atraída para a casa da ex-namorada
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O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu que Raphael dos Santos Motta vá a júri pela morte de Christian Leonir da Silva Santos, 38 anos. O crime aconteceu dia 8 de setembro do ano passado, no Jardim Centenário, em Campo Grande. O acusado atraiu a vítima usando o celular da esposa.
Na pronúncia, a promotora de Justiça Luciana do Amaral Rabelo afirma que há elementos suficientes da autoria e da materialidade do crime, tendo em vista que o próprio acusado chegou a confessar o homicídio, tanto em depoimento na delegacia quanto em juízo.
“É possível afirmar, com a certeza necessária, que a pessoa do acusado é, de fato, o autor dos disparos de arma de fogo que vitimaram o ofendido, sendo que aquele agiu com patente intento de matar, efetuando disparos na cabeça da vítima e em suas costas”, detalha a promotora.
Com isso, pede que o acusado seja pronunciado pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil e emboscada, resistência e ocultação de arma de fogo de uso permitido e seja submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri.
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Denúncia – Raphael foi denunciado pelos crimes em setembro do ano passado. Conforme o MP, a vítima manteve um relacionamento com Delainy Pereira Tavares, 26 anos, mas estavam separados há 8 meses. A mulher era atual esposa do acusado que no dia do crime teria usado o celular dela para atrair Christian.
Quando a vítima chegou à casa da mulher, na Rua Santa Quitéria, as luzes estavam apagadas e ele foi surpreendido por Raphael atirando. Christian foi atingido por ao menos três tiros e morreu na frente da casa. Equipe da PM (Polícia Militar) foi acionada e o autor não quis se entregar, sendo necessária negociação.
Na denúncia do Ministério Público, consta ainda que Raphael chegou a esconder a arma de fogo na casa de uma vizinha, para se livrar da culpa. Além disso, com os levantamentos da Polícia Civil, ficou concluído que o homem praticou o homicídio de forma planejada e fria “demonstrando claramente a gravidade em concreto do crime”.