Muro de casa cai e assusta moradora: “achei que fosse um bombardeio”
Placas de sinalização apoiadas do lado oposto do muro teriam sido motivo da queda repentina
“Achei que estavam bombardeando Campo Grande de tão alto que foi o estrondo”. O fim da noite deste domingo (26) foi atípica para a advogada de 42 anos, que não quis ter o nome divulgado. Ela e o marido estavam em casa, localizada na Rua Assembleia, no bairro Cachoeira Cachoeira, quando o muro da parte interna da residência caiu. O motivo, segundo ela, seria o peso de placas de sinalização de trânsito encostadas no lado oposto do muro.
Os materiais pertencem a uma empresa terceirizada que vende as placas ao Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul). Ao Campo Grande News, a advogada comentou como o episódio aconteceu.
“É claro que não está tendo guerra aqui, mas a primeira coisa que passou foi que estavam bombardeando. Você fica assustada. Foi tão alto, foi assustador, a gente se jogou no chão porque achava que estava explodindo. Meu marido até machucou um pouco as costas ao se jogar no chão.”
Horas antes da queda, ela estava plantando um pé de boldo próximo ao muro. O casal cogitou sair e caso tivessem feito, o muro cairia no carro. “Eu ia na pizzaria, mas senti que não devia. Porque a gente podia ter passado ali bem na hora e iria cair na gente”.
A maior preocupação da advogada, conforme o relato, foi com os dois cachorros que moram na casa. Felizmente, eles não estavam no quintal no momento em que o muro caiu. "Eles são como filhos, a gente sentiria como a perda de um filho".
A residência existe há 40 anos e segundo o proprietário, que é pai da advogada, nunca houve nenhum problema. “Tem 40 anos essa casa, não tinha rachadura, nada. A gente não quer prejudicar ninguém, mas não quer se prejudicado”, relatou à reportagem o idoso de 75 anos.
O responsável pelo imóvel onde as placas estavam alegou para a polícia que a queda aconteceu devido às chuvas. O caso foi registrado na delegacia e o proprietário da casa prejudicada solicitou que o muro fosse periciado, por essa razão a Cepol esteve no local para analisar a situação.
Daniel Luz, delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, disse que o responsável pelas placas relatou que a empresa é terceirizada do Detran, e alugou a casa para utilizar como depósito.
“A atividade não é ilegal. Agora as partes serão encaminhadas para prestar depoimento, depois do laudo pericial vão ver quem tem responsabilidade e vai pagar”, resumiu o delegado.
O Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), informou que a empresa possui contrato de prestação de serviço com o órgão, porém, o Detran não tem responsabilidade sobre o incidente.
"Lamentamos o ocorrido com a família. De qualquer forma, já acionamos a prestadora, que informou já ter entrado em contato com a família para reparar todo e qualquer dano", diz em nota.
A terceirizada também se manifestou, alegando que só houve danos materiais no local e que o problema sera solucionado o mais rápido possível.
"O Consórcio Controle e Segurança lamenta o ocorrido. Um profissional que irá refazer o muro já foi contratado e, posterior a isso o jardim também será refeito. Enquanto o mesmo estiver em construção ficou acordado que será colocado uma tela para proteger os animais de estimação da proprietária do imóvel".
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News.
Confira a galeria de imagens: