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Capital

Na Câmara, alerta vai para quem mora em edifícios acima do 12º andar

Segundo Eduardo Cury, a única escada dos bombeiros que atinge 30 metros está estragada

Guilherme Henri e Danielle Valentim | 12/02/2019 12:25
Sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (Foto: Marina Pacheco)
Sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (Foto: Marina Pacheco)

Os vereadores Eduardo Cury (Solidariedade) e Roberto Santana dos Santos, o “Betinho” (PRB) usaram a palavra livre em sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (12) para repercutir tragédias nacionais e alertar sobre o despreparo de Campo Grande para enfrentar possíveis desastres.

Entre exemplos, o vereador Eduardo Cury citou a recente tragédia no Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro, e pontuou que a ocorrência de incêndio em um prédio acima de 12 andares seria fatal em Campo Grande.

“Para quem mora acima do 12º andar tenha cuidado. Não temos escadas magirus, ou seja, Bombeiros de Campo Grande só consegue apagar incêndio no chão. A escada de 30 metros atende no máximo 15 andares. A escada de 60 metros que está sendo encomendada atende até uns 22 andares”, disse.

O vereador também ressaltou a importância da prevenção e fiscalização, principalmente, com a aproximação da Expogrande, evento anual que reúne milhares de pessoas em Campo Grande.

“Eu tive oportunidade como coordenador do Samu atender a Expogrande. A multidão não tem organização para rota de emergência, não tem sinalização para sair, nem portas de saídas, nem portas de emergência. O atendimento médico organizado lá não atende todo o parque. Precisamos tomar cuidado com a Expogrande”, disse.

Já o vereador Betinho, também fez o uso da palavra livre para dando continuidade ao tema de grandes tragédias citando as dos últimos seis anos como: Boate Kiss (2013), Baragem Mariana (2015), Brumadinho e o Incêndio no Ninho do Urubu, do Flamengo (2018).

“Em todos esses casos não foram acidentes, foram tragédias provocadas por falta de prevenção. Uma das coisas que poderiam ter salvado aquelas vítimas da Kiss, em 2013, era uma porta de saída. Nada recupera uma vida. Depois da tragédia de Mariana, a de Brumadinho e mais 10 óbitos em Rio de Janeiro. Em apenas seis anos presenciamos 4 tragédias que repercutiram mundialmente”, pontuou.

Ainda sobre prevenção, o vereador Otávio Trad (PTB) elogiou matéria do Campo Grande News sobre viadutos e admitiu a necessidade de leis e ações para evitar acidentes na cidade. “Tenho um projeto com o vereador Willian Macksoud, que é referente ao treinamento nas escolas municipais de Campo Grande diante de incêndios e outras catástrofes. Também quero alertar a comissão de obras deste casa para aumentar a fiscalização”, disse.

“Nós como comissão de obras podemos fazer uma agenda positiva junto ao Bombeiros, Crea e técnicos da Sisep sobre esse assunto e fiscalizar não só pontilhões e eventos, mas as pontes antigas da Capital. A mesa diretora está de parabéns com a reforma da Casa de Leis”, respondeu o vereador Ayrton Araújo (PT).

Vereador Welligton de Oliveira ponderou que “Todos os lugares precisam de um plano de combate a incêndio. É importante que um técnico de segurança de trabalho faça um treinamento para que, em uma hora como essa [incêndio], todos estejam treinados e saibam o que fazer. Hoje, na câmara já há rota de fuga e extintores, mas é preciso que todos saibam usar”, disse.

Contrário - Em contrapartida, o vereador João César Mattogrosso (PSDB) rebateu a informação de que a cidade não possui escadas. “Além da escada de 30 metros, o Estado já fez o pedido e chega ainda neste semestre uma magirus de 60 metros”, disse.

E Cury rebateu dizendo “pela segunda vez eu faço uma afirmação e um colega chega e diz que não é correta. Eu vou pedir por gentileza para que o senhor ligue para o coordenador do Corpo de Bombeiros, pois liguei para ele ontem. Não tem escada magirus funcionando, se ela está em reparação, não está funcionando”, disse.

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