Não só pelos pets, mas pelos filhos, pais investem em fogos com menos ruídos
Na casa de fogos mais tradicional de Campo Grande, na Rua 7 de Setembro, a proprietária Irene Coutinho de Lima diz que o movimento maior na Brasfogos ainda está por vir. “Vai ser entre 30 e 31 de dezembro”. Mas a sexta-feira já foi boa.
Apesar da campanha contra fogos, pensando nos efeitos para os animais, as vendas este ano cresceram, comemora. Pelo entra e sai de gente, a preocupação com os pets parece inalterada.
O moto entregador Paulo Ricardo é consumidor assíduo e gosta mesmo dos fogos com rojão, aqueles barulhentos. Ele diz que não passa o ano novo em casa e por isso não acha que cria incomodo. Hoje, comprou 5 fogos para o dia 31. “Não me preocupo com barulho porque vou para chácara”, diz.
Não há fogos silenciosos, os com menos barulho, coloridos, que não tem explosão, são mais caros. Mesmo assim a manicure Selma Ferreira, de 36 anos, prefere esse tipo por conta dos filhos, de 9 e 11 anos.
Já é tradição de Réveillon da família soltar fogos nos Altos da Afonso Pena, outra medida pensando nos pequenos, segundo ela. “Para a segurança das crianças, por ser um lugar mais aberto”, explica.
Este ano, Selma gastou R$ 80 em fogos e na sacola foram 3 varetas do “Harry Potter”, um tubo de papelão reforçado que solta faíscas coloridas. “Os meninos gostam de mais brilho e mais cor”, diz.
Jeferson Barbosa, gerente da loja Piro Fogos, na Ernesto Geisel, alerta que para as crianças o tipo ideal é de “fogos classe A”, que não geram explosão.
Mas independente do tipo, com ou sem rojão, para quem escolher os modelos de chão, a orientação é escolher bem o local onde vão ficar. “Não pode soltar perto de fiação e árvores”, ensina.