“Não teve êxito maior na recaptura por falta de efetivo”, reclama Sindicato

O presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), André Luiz Santiago, avalia que faltou efetivo para a recaptura de todos os presos após fuga da penitenciária Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima de Campo Grande.

Durante a madrugada deste sábado (dia 4), quando se formou denso nevoeiro, três internos fugiram, sendo dois recapturados logo na sequência. Até quinta-feira, o efetivo estava reforçado por alunos do curso de formação, que agora aguardam nomeação do governo do Estado.

“Não teve êxito maior por falta de efetivo, se não poderia ter recapturado os três. O COP [Comando de Operações Penitenciárias], nosso grupo especial, teve reação rápida e capturou dois. Teria mais eficiência se o efetivo fosse maior. A nomeação amenizaria a situação deficitária dos funcionários. O efetivo da Máxima estava muito bom com esses estagiários”, afirma Santiago.

De acordo com ele, os presos que planejaram a fuga devem ter percebido a redução do quadro. “Apesar das péssimas condições climáticas, o alarme foi acionado”. Na parte interna da Máxima, os presos são monitorados pelos policiais penais.  O policiamento na muralha é atribuição da PM (Polícia Militar). O presídio fica localizado na Rua Indianápolis, no Jardim Noroeste.

Os internos usaram uma corda artesanal, conhecida como tereza, para escalar o muro do presídio. Os policiais penais recapturaram Agapto Cesar Machado Esquivel e Carlos Wellington Avelar dos Santos.

Ermerson Siqueira da Silva, de 35 anos, está foragido. Ele cumpria pena por homicídio cometido em Petrolina (Pernambuco). A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário)  informou que as visitas foram mantidas.

Conforme informação extraoficial, não havia PM na torre 9, que faz a vigilância no ponto onde houve a fuga. A reportagem não conseguiu contato com a Polícia Militar neste sábado.