No Centro, população é conscientizada sobre uso racional de medicamentos
Conselho Regional de Farmácia está entregando panfletos para pedestres e motoristas
O CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul) está realizando, neste sábado (04), ação para conscientizar a população sobre o uso racional de medicamentos. O ato é em alusão ao Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, celebrado em 5 de maio.
Na Avenida Afonso Pena esquina com a Rua 14 de Julho está sendo entregue panfletos aos pedestres e motoristas que passam pelo local.
A dona de casa, Lucia Ferreira, de 57 anos, afirma que só toma medicamento com orientação médica. “Eu sei que não posso tomar sozinha. Sempre tenho que ir ao médico”, pontuou.
Da mesma forma diz a auxiliar administrativo, Edinilza Sampaio, de 56 anos. “Antibiótico é muito difícil eu tomar sozinha. De 2 em 2 meses preciso ir ao médico, pois já tive um câncer. Então, só com prescrição”, disse.
Dados reunidos pelo CFF (Conselho Federal de Farmácia) com base em pesquisa feita pelo ICTQ/Datafolha, mostram que na pandemia o varejo teve um aumento sustentado nas vendas de antimicrobianos (antibióticos).
No Centro-Oeste, em 2020, foram 15.748.272,66 remédios de antimicrobianos vendidos. Em 2021 foram 16.504.543,65; 2022, 18.962.429; 2023, 18.106.457,38; e 2024, entre janeiro e fevereiro; 2.634.318,65.
“O nosso papel principal é a conscientização. As pessoas tem usado o antibiótico de forma errada, e isso prejudica. A população tem direito a informação. O uso do antibiótico tem que ser acompanhado”, pontuou a presidente do CRF-MS, Daniely Proença.
No Brasil, o número das vendas saiu de 180.791.152 em 2020 para 219.760.565 para 2023. Em janeiro e fevereiro deste ano foram 30.958.127.
A conjuntura representa uma grave ameaça à prevenção e ao tratamento de várias infecções causadas por vírus, bactérias, fungos e parasitas.
Além disso, segundo o Conselho Federal de Farmácia, o cenário também fica mais evidente quando é analisado o crescimento nas vendas da azitromicina, antibiótico que integrou o chamado “kit covid”, junto com a hidroxicloroquina, a ivermectina, dexametasona e vitaminas C e D.
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