Número de assassinatos esclarecidos chega a 92% em Campo Grande
Dados da Polícia Civil mostram que o número de esclarecimento das mortes criminosas em Campo Grande é de 92%, um dos mais altos do Brasil. Em outras unidades da federação o índice de solução desses crimes, com identificação dos autores, fica em torno de 30%. O número indica que de 68 casos de homicídios dolosos registrados de janeiro a agosto de 2015 na Capital, pelo menos 62 foram solucionados.
Conforme o delegado da PC, Sidnei Alberto, o levantamento a longo prazo, de 2012 para cá, também mostra um bom desempenho da polícia no esclarecimento. Em pouco mais de dois anos, 73% dos homicídios tiveram a autoria esclarecida. A explicação, segundo o delegado, está no empenho dos investigadores, no disque-denúncias e na ampliação da DEH(Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), quando houve um incremento quantitativo e qualitativo do efetivo. "Cada caso é um caso, mas quando se tem uma testemunha ou uma prova, o caso é solucionado", considera.
O delegado salientou ainda a importância do uso da tecnologia no local do fato, viabilizando, por exemplo, a identificação imediata de suspeitos, além de filmagens e registros de dados imprescindíveis para embasar a investigação, bem como o mapeamento da criminalidade.
Outro motivo apontado por Alberto é uma 'peculiaridade da população'. "Temos um povo que auxilia a polícia, denuncia e essas informações colaboram para com os esclarecimentos", explicou.
Queda na criminalidade - Segundo o Banco de Dados Único da Sejusp(Secretaria de Estado, Justiça e Segurança Pública), os crimes com resultado morte tiveram uma redução de -32,6% em Campo Grande, na comparação de 2014 com 2015. Enquanto no ano passado foram 144 crimes, este ano, o registro é de 97.
No caso específico dos homicídios dolosos também houve queda na Capital. Em 2014 foram 81 mortes, já em 2015 foram registradas 63, queda de 22,2%. No interior a redução foi de -6,4%.
