Obras avançam e Aquário do Pantanal já está quase 80% concluído
O Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, o Aquário do Pantanal, começa a ganhar a forma final nos altos da avenida Afonso Pena, em Campo Grande.
Relatório do TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado), com medição até 10 de maio, mostra que 76% da obra já foi executada. Do valor de R$ 105.840.079,04, foram pagos R$ 80.718.022,18. A previsão é de conclusão em 5 de outubro.
O empreendimento está na fase de colocação das placas de acrílico que recobrem a estrutura metálica. O ritmo de trabalho é acelerado, sem parar nem mesmo em jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo.
Em maio, foi colocada a primeira placa de acrílico, uma gigante de 22 toneladas, 22 centímetros de espessuras e dimensões de 6,15 metros por 9,15 metros. O material deu forma a um aquário ornamental com 85 mil litros de água, que vai servir como “divisória” entre o auditório e a área de circulação.
De acordo com o titular da Semac (Secretaria de Meio Ambiente, Planejamento, Ciência e Tecnologia), Carlos Alberto Negreiros Said Menezes, a captura dos peixes e plantas aquáticas que vão povoar os aquários começa no mês de agosto.
“O trabalho será feito por equipes de pesquisadores de universidades”, afirma. A operação será coordenada pela Fundect (Fundação Estadual de Tecnologia e Ciência).
Os peixes vão ficar em período de quarentena em galpões que estão em fase de construção na PMA (Polícia Militar Ambiental), no Parque das Nações. De acordo com a assessoria de imprensa da PMA, os galpões totalizam 1.500 metros quadrados.
O período será para adaptação e controle da saúde dos peixes, além da separação das espécies. A obra começou há 15 dias e deve demorar mais 30 dias. Serão cerca de sete mil animais em exposição.
No fim do mês passado, o governo estadual liberou projeto de pesquisa e extensão, no valor de R$ 5,2 milhões, que envolve a biodiversidade do Aquário do Pantanal. Também em junho, foi firmado convênio com a Petrobras, que vai investir R$ 15 milhões na construção do MiBio (Museu Interativo da Biodiversidade).
O aquário terá 25 tanques, com destaque para o que levará o nome de rio Paraguai. A estrutura terá 1,3 milhão de litros de água e vai formar um túnel.
A obra congrega tecnologia de diversos países. A estrutura metálica veio da Espanha; o forro e a cobertura de Portugal e a filtragem terá consultoria dos responsáveis pelo Aquário de Valência (Espanha). A construção teve início em 2011. O projeto inclui biblioteca, laboratório, auditório, salas para exposição e praça de alimentação.