Paciente com esquizofrenia até tenta, mas não consegue medicamento há 8 meses
A falta de um medicamento ofertado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para o tratamento de esquizofrenia tem tirado o sono do padeiro Rafael Oliveira, de 31 anos, que já fez peregrinação pelos postos de saúde de Campo Grande. Ele conta que está com dificuldade de conseguir o Depakene há 8 meses. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) confirma o problema, mas nega que seja há tanto tempo.
Rafael costuma buscar o medicamento no Caps do bairro Vila Almeida, onde também faz terapia, mas não consegue desde o fim do ano passado. Ele também já foi ao CEM (Centro Especializado Municipal) e não teve sucesso. “Não posso ficar sem. Já usei outros, mas me deram reação”, lamentou.
Como não pode ficar sem o medicamento, Rafael já fez apelo nas redes sociais, mas não se sente confortável com isto. “As pessoas ajudam, mas fica chato pedir”. Cada caixa com medicamento custa R$ 71, 00. Ele precisa mais duas até a próxima consulta. “Meu humor oscila muito. Não posso ficar sem. É uma luta para nós que temos transtornos mentais. Somos esquecidos pelo governo”, lamentou.
Em nota, a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) confirmou que o medicamento está em falta há dois meses. Segundo eles, a Prefeitura já deu início ao processo de aquisição. “Assim que for feito todos os trâmites legais licitatórios o fornecimento será normalizado”, informaram.
Ainda conforme a nota, não há como informar uma data precisa para a resolução do problema. Eles enfatizaram que a falta do medicamento tem relação com atraso no fornecimento por parte do laboratório.
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