Padrasto diz não ter ideia de motivo do assassinato de jovem no Campo Alto
Um jovem tranqüilo, com sonhos simples e querido pelos amigos. Assim Orlando Marcelino da Silva, 42 anos, padrasto de João Vitor Ferreira da Silva, 18, descreveu o comportamento do enteado, cujo corpo foi encontrado em terreno baldio na sexta-feira (28), com seis facadas e degolado. No local também havia marcas de pneus.
O padrasto conversou com a reportagem na manhã deste sábado (29), durante o velório de João Vitor. Ele não consegue imaginar o que teria motivado o crime, pois“ todos na região gostavam dele”.
Segundo Orlando Marcelino, o enteado não estudava nem trabalhava de forma fixa, “ele fazia bicos de servente de pedreiro e poda de árvores. Antes de me casar com a mãe dele, ele, inclusive, ajudava a sustentar a casa”, contou. A mãe, Adriana Fagundes da Silva , tem mais três filhos e João Vitor era o mais velho.
Dia do crime – Orlando Marcelino contou que o rapaz costumava dormir em casa de amigos e que a família os conhece. Na quinta-feira (27) ele passou o dia com a mãe e no fim da tarde saiu, como de costume.“Uma das últimas pessoas que o viu foi uma tia, que tem uma loja no Bairro Santo Eugênio, ele passou por lá”, disse. A família mora na Vila Julieta e o corpo de João Vitor foi encontrado no jardim Campo Alto, bairros próximos.
Ainda em seu relato, Orlando Marcelino contou que na sexta-feira (28) uma reportagem, que chamou a atenção da mãe de João Vitor. “Resolvi então ir até o local onde o corpo foi encontrado e vi que o chinelo era parecido. A partir daí fomos ao IMOL e infelizmente reconhecemos o corpo”, contou.
A família mora no bairro há 4 anos, e Orlando Marcelino está casado com Adriana Fagundes há um ano e quatro meses. “Mas eu já os conheço há muito mais tempo, há uns quatro anos, nos conhecemos na igreja”, disse. O corpo do jovem está sendo velado desde ontem e o sepultamento será às 15h30.