Pai descobre estupro da filha após investigar conversas em rede social
“Ela ficou estranha, parecia oprimida e com medo”, disse ele
A mudança de comportamento da filha, de 12 anos, fez o pai investigar com quem ela estava conversando nas redes sociais e revelou uma série de abusos. O caso veio à tona nesta quarta-feira (19), no Bairro Santa Luzia, em Campo Grande, com as imagens do pai agredindo o homem, que confessou ter estuprado a adolescente.
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Um pai descobriu que sua filha de 12 anos foi vítima de abuso sexual após investigar mudanças no comportamento da adolescente e verificar suas conversas em redes sociais. O caso ocorreu em Campo Grande, no Bairro Santa Luzia. O agressor, um homem de 22 anos, se passava por menor de idade nas redes sociais e ameaçava a vítima com fotos de uma arma. Após descobrir os abusos, o pai marcou um encontro se passando pela filha e agrediu o suspeito, sendo contido apenas com a chegada do Batalhão de Choque. Com o agressor, foi encontrada uma réplica de revólver 357 cromado. O caso foi encaminhado à DEPCA, onde o suspeito confessou os abusos. O pai alerta sobre os riscos das redes sociais para crianças e acredita haver mais vítimas, já que o agressor utilizava diversos perfis falsos.
Em entrevista ao Campo Grande News, Paulo*, de 40 anos, disse que percebeu a filha mudar aos poucos o comportamento, ficando cada vez mais quieta. Tentando descobrir o que aconteceu, ele decidiu verificar as conversas dela em uma rede social, foi quando encontrou a conversa com o rapaz, de 22 anos, que frequentava a praça do bairro.
“Ele se passava por menor de idade, conversando igual a ela. Até que minha filha não quis mais, disse que os pais eram bravos, mas ele passou a ameaçar com as fotos de uma arma. Disse que se minha filha não encontrasse ele, iria nos matar. Até que um dia ele conseguiu ficar sozinho com ela e a estuprou. Descobri tudo isso e, pela conversa, marquei o encontro fingindo ser ela”, conta o pai.
Com os relatos da filha, o homem perdeu o controle e partiu para cima do rapaz. As agressões foram filmadas por vizinhos, sendo controlada só com a chegada do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Na mochila do rapaz, os policiais encontraram a réplica de um revólver 357 cromado, usado para ameaçar a adolescente.
“Tenho certeza que há mais vítimas, porque ele usava vários perfis na rede social, todos se passando por adolescente. Eu fiquei desesperado, sem saber o que fazer, por isso só faço um apelo aos pais: crianças não precisam de celular! Os predadores estão aí, atrás das vítimas e o papel de cuidar delas é nosso”, lamenta o pai.
*Paulo é um nome fictício, pois a identidade dos envolvidos precisa ser mantida em sigilo pela segurança da adolescente. Os relatos de abuso sexual foram confessados em depoimento na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente), enquanto a denúncia por lesão corporal foi encaminhada a 7ª Delegacia de Polícia Civil.
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