Pedreiro teria premeditado crime ao descobrir relacionamento de ex
Movido por ciúmes, o pedreiro Alex Arlindo Anacleto de Souza, matou a ex-mulher Ísis Caroline da Silva Santos, 21 anos, após descobrir que ela supostamente teria retomado o relacionamento com o pai de uma de suas filhas. Segundo a polícia, Alex levou a vítima para a beira de um rio, na região de Ribas do Rio Pardo, a 103 quilômetros da Capital, e durante uma discussão a afogou. Ele fugiu deixando o corpo no local.
Por meio das investigações realizadas em conjunto entre o S.I.G (Serviço de Investigações Gerais), 5 D.P de Campo Grande e Deam (Delegacia da Mulher), os policiais conseguiram encontrar o corpo de Isis, enroscado em galhos às margens do Rio Mutum, localizado há 66 quilômetros do município de Ribas do Rio Pardo, por volta das 06h da manhã do sábado, 06.
Diante do reconhecimento do corpo, policiais de Três Lagoas (MS) foram acionados para tentar localizar Alex, que já tinha mandado de prisão em aberto e até o momento era considerado um dos suspeitos de ter cometido o crime. Ele foi preso horas depois.
De acordo com a polícia, no dia 25 de maio os dois se encontraram em um hotel em Campo Grande e desde então estavam mantendo contato. Conforme as investigações, Alex marcou de se encontrar com Ísis na segunda-feira, dia 1º, e os dois seguiriam até Ribas do Rio Pardo.
No meio do caminho, os dois tiveram uma discussão por conta de ciúmes. Alex teria descoberto que a ex-mulher supostamente retomou o relacionamento com o pai de uma de suas filhas. Neste momento, ele teria a agredido, levado para a beira de um rio, onde a afogou.
A irmã de Isis, que atualmente mora na Espanha, e veio para Campo Grande acompanhar o velório, acredita que irmã realmente tenha aceitado “se entender” com Alex, pelo fato de ela ser uma pessoa de boa de coração, mas conta que ela sempre teve medo dele. "Pode ser que ela tenha aceitado ir para acabar com tudo isso, mas não acho que eles tinham um relacionamento", contou.
O pedreiro já havia torturado a vítima enquanto ela morava em Três Lagoas, foi preso, tinha histórico de violência doméstica, mas há cinco meses a Justiça decidiu soltá-lo.
“Ele é um psicopata é muito difícil falar para duas crianças o que aconteceu. Queremos justiça”, lamentou.
Alex vai responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, e “feminicídio”, este, o primeiro caso registrado em Campo Grande. A pena cumulativa é de 12 a 30 anos de prisão.