Perícia na casa de professor reforça versão de como Kauan foi morto
Resultado da perícia realizada na casa do professor Deivid de Almeida Lopes, 38 anos, confirmou a versão relatada pelo adolescente de 14 anos sobre a morte de Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos.
O professor, com a ajuda do adolescente teria estuprado o menino até a morte e depois jogado seu corpo no Rio Anhanduí, no dia 26 de junho.
O titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio Lauretto, teve acesso ao laudo pericial na manhã desta sexta-feira (4) e explicou que o resultado mostra como foi a dinâmica do crime e qual foi a trajetória feita pelos suspeitos dentro da casa.
“A versão bate com a que o adolescente nos relatou, de que Kauan foi tirado da cama e colocado no porta malas do veículo do suspeito”, afirma.
O delegado não informou mais detalhes sobre o resultado e disse que ainda aguarda outros laudos que devem complementar este.
No entanto, o Campo Grande News teve acesso ao relatório e pela imagem é possível ver a trajeto feito pelos suspeitos dentro da casa e que para a realização do exame foram usados amostras de sangue encontradas em pisos da residência.
Caso - Conforme apurou a equipe da DEPCA, Kauan morreu no dia 25 de junho, dia em que saiu de casa para brincar e não voltou.
O testemunho de um adolescente, de 14 anos, que teria levado Kauan até a casa de Deivid de Almeida Lopes, de 38 anos, norteou a investigação. No início da noite daquele dia, a criança estava a cerca de três quilômetros de casa, na Coophavilla II – região sul da cidade, onde o suspeito mora.
Segundo o adolescente, quando o homem começou a violentar a criança, o menino se debatia, chorava bastante e gritava muito. Por isso, o acusado pediu para o adolescente segurar o garoto enquanto ele tapava a boca do menino com a mão.
Minutos depois, Kauan parou de se debater e começou a sangrar pela boca. Foi quando o pedófilo e o adolescente constataram a morte, resolveram se livrar do corpo, o colocaram em um saco preto e atiraram no rio Anhanduí.
Deivid, que deu aulas de português e inglês em escolas da rede municipal e estadual, foi indiciado por abuso de vulnerável, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Buscas – O corpo do menino continua desaparecido e por enquanto as buscas no Rio Anhanduí, que duraram cerca de sete dias continuam suspensas.