Polícia fará reconstituição de ataque a morador de rua que teve corpo queimado
A Polícia Civil fará nesta quinta-feira (21) reconstituição da tentativa de assassinato contra o morador de rua Levi da Costa, 22 anos, ocorrida no dia 10 deste mês no bairro Morada Verde, em Campo Grande. Sete pessoas foram indiciadas por envolvimento no crime, entre elas a ex-mulher da vítima.
De acordo com o delegado Weber Luciano de Medeiros, do 2º Distrito Policial responsável pela investigação, a encenação servirá para delimitar o local exato onde os acusados bateram no rapaz e atearam fogo. “O laudo que recebi não tem nada a ver com o local onde aconteceu tudo. No laudo diz que tudo aconteceu no Jardim Nascente do Segredo, mas a agressão aconteceu no bairro Morada Verde”, explicou o delegado.
A reconstituição acontecerá entre às 18 e 19 horas, na rua Falcão, no bairro Morada Verde.
O delegado informa que ainda não finalizou o inquérito do crime e quem tem a te o dia 28 para concluir as investigações.
A motivação para o crime, segundo a Polícia Civil, foi uma dívida de R$ 450 que Levi tinha com um grupo de traficantes. Estão presos por terem participação no crime Tiago Mizael Segovia, 22 anos, e Thiago Vieira, 21 anos. Lucilene Tavares dos Santos, de 36 anos, Renato dos Santos Almeida, de 28 anos, Luiz Henrique dos Santos, de 53 anos.
Weber Luciano vai representar pela prisão de mais dois envolvidos na tentativa de homicídio.
Levi foi atraído pela ex-mulher para o local onde teve o corpo incendiado. Lá, outras quatro pessoas, integrantes de uma quadrilha de tráfico de drogas, esperavam por Levi e cercaram a vítima.
Renato dos Santos Almeida, de 28 anos, pegou uma corda e amarrou Levi. A vítima foi levada para um centro catequético de uma igreja próxima e espancada. Em seguida, o jovem foi levado para uma rua de asfalto, onde teve o corpo incendiado.
Thiago Misael Segóvia de Moura, de 21 anos, foi quem jogou gasolina no corpo da vítima e Thiago Vieira da Silva, de 23 anos, ateou fogo logo em seguida.
A vítima sofreu queimaduras de segundo grau, espalhadas, principalmente, pela genitália, peito e cabeça. Dependente químico, ele foi expulso de casa em 2007 pelo pai, e morava na rua. Levi está internado na ala de queimados da Santa Casa.
Quem articulou toda a ação foi Luiz Henrique, apontado como um dos gerentes do tráfico de drogas. Ele é pai de Magno Henrique Martins dos Santos, de 28 anos, condenado por atropelar e matar Rayane Amorim Piccelli Pereira, de 6 anos, na tentativa de fugir de perseguição policial.