Polícia faz buscas em casa e clínica de esteticista que prometia “bocão”
Ela é responsável pelos procedimentos de preenchimento labial que causaram reação alérgica em clientes
Na manhã desta sexta-feira (20), a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na casa e na clínica da esteticista Ana Carolina Brites, denunciada por exercício ilegal da profissão de biomedicina, em Campo Grande.
A profissional é responsável pelos procedimentos de preenchimento labial que causaram reação alérgica em, ao menos, três clientes, que registraram boletim de ocorrência. A atuação da profissional também foi suspensa.
Conforme apurado pela reportagem, foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa da mulher no Jardim Los Angeles e na clínica, na Rua Antônio Maria Coelho. A suspeita é de que as seringas e os ácidos usados pela profissional no procedimento eram contrabandeados, porque ela oferecia um serviço com preço muito abaixo do praticado no mercado.
À polícia, Ana Carolina alegou que tem nota fiscal de todos os produtos, mas ainda não apresentou os documentos. O material foi apreendido para analisar se é caso de prisão em flagrante ou não. Foi apurado, também, que na casa de Ana Carolina foram localizados medicamentos e seringas espalhados junto a fezes de animais e outros materiais, na residência havia muita sujeira e acúmulo de objetos. A esteticista foi levada à delegacia para prestar esclarecimentos.
Ontem, por meio de nota, a esteticista Ana Carolina Brites afirmou que em nenhum momento se identificou como biomédica, apesar de se intitular como tal no perfil das redes sociais e de fazer procedimentos com injetáveis, que só são permitidos aos dermatologistas, dentistas e biomédicos, de acordo com o CFBM (Conselho Federal de Biomedicina).
Sobre as suspeitas de que Ana havia usado algum produto mais forte que pudesse ter causado a alergia, a advogada da profissional afirmou que foi utilizado apenas ácido hialurônico da marca Neuramis, produto que possui nota fiscal e registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ainda ressaltou que já foi solicitada a análise do lote do produto à empresa.
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