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Capital

Policiais Civis fazem manifestação em luto pela morte de agentes no Estado

Filipe Prado | 20/03/2015 10:20
Os policiais pregaram faixas para identificar o luto (Foto: Marcelo Calazans)
Os policiais pregaram faixas para identificar o luto (Foto: Marcelo Calazans)

Os Policiais Civis de Campo Grande realizaram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (20), em frente da DEPAC (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), no Centro, para cobrarem maior estrutura para a Polícia Civil no Estado. O manifesto aconteceu depois da 8ª morte de policiais em Mato Grosso do Sul, desde 2014.

De preto, cerca de 30 policiais realizaram uma panfletagem na Rua Padre João Crippa durante a manhã. Ainda colocaram faixas em frente à delegacia para identificar o luto da classe.

Para o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Alexandre Barbosa, a morte dos policias é reflexo da falta de estrutura da segurança pública no Estado. Atualmente, são 1,5 mil policiais no efetivo, com um déficit de cerca de 700 agentes.

“Precisamos de um efetivo maior, estamos vivendo um caos”, afirmou o presidente. Ele lembrou que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) anunciou a contratação de mais 190 policiais, mas, de acordo com Barbosa, o número ainda não é o suficiente.

O presidente do Sinpol também reclama da falta de munições, estrutura nos prédios e capacitação. “Quem sofre são os policiais e principalmente a sociedade”, pontuou Barbosa.

Sobre a morte do investigador Cláudio Roberto Alves Duarte, 39 anos, ocorrida na noite de quinta-feira (18) em Ponta Porã, a 323 quilômetros de Campo Grande, o presidente destacou que a realidade na região de fronteira com o Paraguai é muito sucateada. “Está tudo sucateado e as celas cheias de presos”.

As mortes de policias militares também entraram na lista de reivindicações do sindicato, já que a estrutura apresentada para eles é a mesma.

Às 14h, o presidente deve se reunir com representantes da Sejusp para discutir as deficiências, além de planos de carreira e falar sobre as mortes do policiais.

Crime - O crime aconteceu em frente à uma academia de ginástica e musculação localizada na Rua Baltazar Saldanha, no Centro de Ponta Porã. Um homem de 35 anos deixava o local de moto quando foi abordado por Agripino Quinones, 34.

O policial Cláudio Roberto estava na academia e flagrou a ação. Ele deu voz de prisão ao bandido que não acatou e sacou uma pistola calibre 9mm. Houve troca de tiros e ambos acabaram feridos. Baleado na barriga, o policial foi socorrido por populares e levado para o Hospital Regional, onde morreu em seguida.

O presidente do Sinpol afirmou que há um déficit de 700 policias no efetivo do MS (Foto: Marcelo Calazans)
O presidente do Sinpol afirmou que há um déficit de 700 policias no efetivo do MS (Foto: Marcelo Calazans)
Os policiais realizaram panfletagem em frente á delegacia (Foto: Marcelo Calazans)
Os policiais realizaram panfletagem em frente á delegacia (Foto: Marcelo Calazans)
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