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Capital

Por causa do calor, avô colocou bebê em janela para “tomar um ar”

Responsáveis foram à polícia após vídeo de criança em beiral viralizar

Liana Feitosa e Geniffer Rafaela | 25/02/2022 16:31
Prédio onde criança foi flagrada em janela do 6º andar. (Foto: Kísie Ainoã)
Prédio onde criança foi flagrada em janela do 6º andar. (Foto: Kísie Ainoã)

O avô e a mãe da criança vista se equilibrando na janela de um prédio residencial no Bairro Rita Vieira, em Campo Grande, foram à delegacia de polícia na tarde desta quinta-feira (25) para prestar esclarecimentos e registrar boletim de ocorrência de preservação de direitos. O bebê, que tem 11 meses, foi gravado por vizinha e as imagens viralizaram hoje.

No local - Uma equipe da Depca (Delegacia de Proteção à Infância e Adolescência) esteve na residência para verificar a situação e constatou que a janela tem proteção reforçada. Segundo o registro policial, “em aproximação da imagem do vídeo, observamos que em nenhum momento a criança foi deixada das mãos do avô, fato também confirmado por ele”.

O avô disse aos policiais que, por causa do calor, colocou a criança no beiral da janela para “tomar um ar”. O registro ainda aponta que “não houve exposição a perigo, nem mesmo abandono material da criança que estava sob a vigilância do avô e também da mãe que estava em casa.” A família foi orientada pelos policiais a não repetirem o ato com o bebê e um boletim de ocorrência de preservação de direito foi registrado.

De acordo com o síndico do prédio, que conversou com o Campo Grande News e prefere não se identificar, os responsáveis pela criança alegaram que ele estava chorando devido ao calor.

Repercussão - O apartamento fica localizado no 6º andar. O vídeo foi gravado por uma moradora do condomínio ao lado, que ficou assustada com a cena e enviou as imagens no grupo do condomínio ao lado, onde ela mora.

“Só ficamos sabendo [da situação] depois que já estava na internet. Foi a primeira vez que algo desse tipo aconteceu. A repercussão foi um susto pra todo mundo, porque ninguém sabia o que estava acontecendo de verdade”, contou o síndico, de 46 anos. “Não sabíamos se o bebê estava sozinho, quais eram as circunstâncias de tudo isso”, completou. O síndico ainda disse que não conhece os pais da criança, já que está há pouco tempo ocupando essa função no residencial.

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