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Capital

Post ironizando médicos da UPA Leblon vai custar R$ 10 mil a paciente

as imagens postadas no Facebook, além dos médicos conversando, aparecem pacientes em macas.

Anahi Zurutuza | 26/04/2019 10:42
Print do post feito pela paciente pelo Facebook da tia (Foto: Reprodução)
Print do post feito pela paciente pelo Facebook da tia (Foto: Reprodução)
Médicos aparecem conversando em sala onde pacientes estão em macas (Foto: Reprodução)
Médicos aparecem conversando em sala onde pacientes estão em macas (Foto: Reprodução)

Conversando com colega na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon, em Campo Grande, um médico de Mato Grosso do Sul foi fotografado e teve a imagem estampada em rede social. A repercussão do post foi tanta que o caso foi parar na Justiça e a paciente que publicou a foto ironizando a conduta dos profissionais foi condenada a pagar R$ 10 mil em indenização. O caso virou matéria do portal Uol nesta sexta-feira (26).

"Por isso que as UPAs não funcionam. Enquanto os pacientes padecem, os médicos ficam batendo papo", escreveu a paciente na legenda das fotos divulgadas pelo Facebook da tia. Nas imagens, além dos médicos conversando, aparecem pacientes em macas.

Segundo o Uol, consta no processo, que a tia acompanhava a sobrinha que havia acabado de ser atendida com crise de cálculo na vesícula e emprestou o celular para a paciente, que fotografou a cena.

Também conforme relataram tia e sobrinha, a UPA estava lotada, muitos reclamavam da espera e a própria paciente estava cansada de aguardar quando viu os médicos conversando. “Ela já estava havia três dias indo e voltando da UPA, e nesse dia ficou na UPA porque estava com muita dor”, contou a tia no depoimento.

A foto, contudo, só foi postada pela paciente depois que a mesma havia sido atendida e já estava em casa.

O médico se defendeu e disse que estava conversando com a colega sobre o caso de outro paciente e que a foto foi tirada numa sala de observação, onde todos já haviam sido atendidos.

Depois da publicação, segundo o médico, ele e outros profissionais da unidade passaram a ser questionado e constrangidos pelos pacientes. Foi por isso que ele decidiu processar a paciente.

A juíza Edi de Fátima Dalla Porta Franco, da 2ª Vara do Juizado Especial de Campo Grande, deu causa para o médico e fixou a indenização por danos morais. A decisão ainda cabe recurso.

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