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Capital

Prefeito diz que Santa Casa pressiona por “cada vez mais dinheiro”

“Se não dão conta, deixa os outros tomarem, ninguém pediu para eles serem gestores", reclama prefeito

Aline dos Santos e Mayara Bueno | 07/08/2017 10:51
Marquinhos (de camisa azul) diz que levará documentos ao MPF. (Foto: Mayara Bueno)
Marquinhos (de camisa azul) diz que levará documentos ao MPF. (Foto: Mayara Bueno)

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) afirma que a Santa Casa, que há cinco dias restringe o atendimento, pressiona em busca de dinheiro. “Eles estão pressionando para ter dinheiro, cada vez mais dinheiro, cada vez mais dinheiro”, afirma.

Conforme o prefeito, o repasse para o maior hospital da cidade é de R$ 250 milhões por ano. “E toda vez só falam em dinheiro”, diz Marquinhos. Questionado se pretende intervir no hospital, a exemplo de 2005, quando a medida foi tomada por seu irmão e então prefeito Nelsinho Trad (PTB), o prefeito apenas comentou a decisão do hospital.

“Eu já disse para vocês, dificuldade todos nós temos. A dificuldade que eles possam ter não poderia ser respondida com fechamento do pronto-socorro, ainda mais colocando cadeado e proibindo a entrada de autoridades. Quis a sorte que alguém fotografasse e mandasse para o Campo Grande News”, afirma Marquinhos.

Ele diz que não foi ao local para não parecer provocação, que o pagamento está em dia e reúne documentos para levar ao MPF (Ministério Publico Federal). Marquinhos conta que vai tomar a medida porque o MPE (Ministério Público Estadual) “até hoje não se manifestou”. Não há data para entrega da documentação.

“Se não dão conta, deixa os outros tomarem, ninguém pediu para eles serem gestores, eles se candidataram”, diz Marquinhos sobre a direção do hospital. Segundo o prefeito, nem atraso no repasse justifica a conduta do hospital e que o ato traz consequência civil e penal. “Não tem justificativa, a pessoa vai morrer?”, questiona.

O hospital recebe repasse mensal de R$ 20,2 milhões da prefeitura e, num novo contrato, solicitou reajuste para R$ 23 milhões. Contudo, o poder público não aumentou o valor, sob compromisso de reduzir a demanda de atendimento em 30%.

Na semana passada, uma faixa informando superlotação e falta de vagas foi colocada no portão em frente ao hospital.

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