Prefeito diz que vai trocar "indicados" por contratados em processo seletivo

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que a decisão de suspender os contratos temporários de professores da educação especial e abrir processo seletivo para a contratação de técnicos de nível médico para acompanharem como auxiliares em sala de aula acaba com cargos ocupados por indicações políticas. A mudança foi alvo de protesto de pais de alunos, que nesta semana foram para a frente da Prefeitura de Campo Grande.

O chefe do Executivo municipal defende que o processo seletivo simplificado vai selecionar profissionais qualificados e que ocuparão as vagas na Reme (Rede Municipal de Ensino) por mérito. “Prefere que o seu filho seja atendido por alguém que foi indicado por um vereador, pela mãe de um candidato, alguém que ajudou algum político ou por alguém que passou por um processo seletivo?”, questionou ao ser perguntado sobre o fato de pais de estudantes não terem a aprovado a decisão.

Marquinhos não comentou como funcionavam as contratações por indicação. A última contratação de professores acompanhamento educacional especializado também foi por meio de processo seletivo simplificado, realizado em dezembro do ano passado.

Professores que atuavam como auxiliares na educação especial engrossaram a manifestação na terça-feira (16). Eles alegam que o contrato temporário de trabalho foi renovado pelo período de seis meses no dia 26 de junho, antes do recesso escolar, porém na segunda-feira (15), foram informados por telefone que seriam dispensados de suas funções.

A Prefeitura abriu a seleção nos dias 3 e 4 de julho para contratação de pessoal de nível médio para essas vagas, segundo a categoria, para economizar com os salários, já que os atuais ocupantes dos cargos são graduados e pós-graduados e recebem de R$ 2,8 mil a R$ 3,3 mil e os novos selecionados terão remuneração próxima do salário mínimo (R$ 998).

Já a preocupação dos pais é com a qualidade do serviço prestado nas escolas municipais.