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Educação e Tecnologia

Pais protestam contra substituição de professores da educação especial

Profissionais serão substituídos por pessoal de nível médio, por isso início das aulas foi adiado

Gabriel Neris e Clayton Neves | 16/07/2019 16:23
Grupo de pais e professores se reúnem em frente à Prefeitura de Campo Grande (Foto: Clayton Neves)
Grupo de pais e professores se reúnem em frente à Prefeitura de Campo Grande (Foto: Clayton Neves)

Grupo de professores e pais de alunos se reuniu nesta tarde (16) em frente à Prefeitura de Campo Grande, na Avenida Afonso Pena, em protesto contra a dispensa de auxiliares educacional especializados, os APEs, que acompanham alunos com necessidades especiais na Reme (Rede Municipal de Ensino).

Os professores alegam que o contrato temporário de trabalho foi renovado pelo período de seis meses no dia 26 de junho, antes do recesso escolar, porém na segunda-feira foram informados por telefone que seriam dispensados de suas funções.

Também protestam que a prefeitura abriu processo seletivo nos dias 3 e 4 de julho para contratação de pessoal de nível médio para essas vagas, enquanto todos são graduados e alguns pós-graduados, com salários de R$ 2,8 mil a R$ 3,3 mil. Já os novos selecionados receberiam cerca de um salário mínimo.

Michelle Marques, de 38 anos, é professora na Escola Maestro João Corrêa Ribeiro, no Jardim Campo Novo, região norte da Capital. Ela acompanha uma menina, de 10 anos, com epilepsia. “Estudamos e agora querem nos tirar para colocar quem está iniciando ou nem tem formação acadêmica, me sinto lesada, fragilizada, como lixo descartável”, reclama.

A professora afirma ainda que recebeu como sugestão dos diretores para que também se inscrevesse no processo seletivo. “Um absurdo”.

A dona de casa Elisângela Feitosa, de 38 anos, mãe da menina com epilepsia, afirma que não recebeu nenhuma informação da Semed (Secretaria Municipal de Educação) e que está preocupada, pois a filha estuda há oito anos no local e cada troca de professor prejudica no atendimento da menina. “Precisa de uma pessoa preparada”, disse. Ela reclama que a filha necessidade de cuidados, como alimentação adequada para não ficar internada.

Um grupo de representantes foi recebido pela equipe da prefeitura após o início do protesto, mas a reunião não chegou ao fim até a publicação desta matéria.

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