Prefeitura começa a fechar postos para concentrar atendimento de paciente covid
Sesau confirmou que é uma das estratégias, mas diz que não tem data para começar
O "plano de guerra" da Prefeitura de fechar 23 postos para concentrar atendimento nas unidades com mais estruturas, conforme noticiado pelo Campo Grande News, já começa na semana que vem. No período em que a cidade vai viver dias restritivos, algumas unidades básicas já informaram que não devem abrir as portas pelos próximos 15 dias.
Sem cilindro de oxigênio em algumas unidades básicas, os funcionários serão remanejados para unidades com mais suporte para atender pacientes com covid-19.
Em ligações para outras unidades, como dos bairros Vila Carvalho, Nova Lima e Jardim Noroeste, a orientação dada pela recepção é de que tem as resoluções da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e da Prefeitura devem sair na tarde de hoje.
O "plano de guerra" já vinha sendo cogitado desde a semana passada, com o objetivo de realocar o pessoal para dar conta da demanda em alta de atendimento a suspeitas de infecção pelo novo coronavírus.
Segundo apurado pela reportagem, o planejamento em análise previa fechar 23 unidades básicas para transferir os profissionais a locais de atendimento de urgência mais estruturados, entre eles UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRS (Centros Regionais de Saúde), com funcionamento 24 horas.
Seriam três fases. Na primeira, as unidades escolhidas recebem leitos até em auditórios e recepção. Na segunda fase, 13 unidades básicas serão desativadas temporariamente e, numa terceira etapa, mais 10 estabelecimentos da rede municipal.
A Prefeitura informou, através da assessoria de imprensa, que esta é uma das estratégias dentre outras que foram discutidas em reunião interna da Sesau para ampliar o atendimento à população. No entanto, a assessoria fala que não há nenhuma definição quanto ao assunto. "Muito menos quais poderiam ser as unidades que fechariam caso houvesse a necessidade", disse a assessoria por e-mail.
Em entrevista por telefone ao Campo Grande News nesta semana, o secretário de saúde José Mauro Filho dizia que era apenas uma hipótese. "Um plano B ou C" e negava, até então, o fechamento. "Se você olhar no Diário Oficial, vai ver que saiu contratação emergencial de profissionais, até motoristas, para atuar nos postos. Não teria porquê contratar se vamos fechar".
Bandeira cinza - Com bandeira cinza, Campo Grande recebeu do governo recomendação para "fechar tudo". A classificação coloca a Capital como risco extremo da covid-19. Só ontem, 116 pacientes esperavam leitos de UTI em todo o Estado, o que fez com que a Prefeitura antecipasse feriados e "fechasse" o funcionamento de atividades não essenciais a partir da segunda-feira (22).