Prefeitura diz que cortes de gastos não afetam serviços à população
Incerteza sobre a reorganização dos serviços preocupa os trabalhadores da saúde após publicação de decreto

A Prefeitura de Campo Grande informou que as medidas de contenção de gastos, publicadas no decreto nº 16.203/2025, divulgado na edição extra na última sexta-feira (7) não vão afetar os serviços prestados à população.
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A Prefeitura de Campo Grande publicou o decreto nº 16.203/2025, que visa cortar custos, gerando preocupação entre servidores da saúde. O decreto suspende benefícios como adicional noturno e de difícil acesso, afetando profissionais em áreas periféricas. A Prefeitura afirma que os serviços não serão impactados, mas há receio de falta de médicos em plantões noturnos. O decreto também prevê renegociação de contratos e reavaliação de custos, com acompanhamento bimestral dos resultados. A incerteza sobre a reorganização dos serviços preocupa os trabalhadores da saúde.
A nota encaminhada à reportagem é sucinta, afirmando que "nenhum serviço será afetado ou reduzido, tampouco o atendimento ao público será impactado".
Mas, a medida ainda causa dúvidas. Um servidor encaminhou questionamento sobre as consequências de algumas medidas, que podem ter consequências diretas para a prestação de serviços essenciais à população.
A principal preocupação está relacionada aos cortes de benefícios, como o pagamento de adicional noturno e de difícil acesso, que são concedidos aos profissionais da saúde que atuam em condições especiais, principalmente nas unidades básicas de saúde (UBS) localizadas em áreas periféricas de Campo Grande.
Segundo médico contratado pela prefeitura que preferiu não se identificar, a cessão desses pagamentos vai impactar diretamente o atendimento, já que, segundo foi informado a eles, os profissionais que estão em plantão eventual perderão o adicional, que será pago somente aos que tem horário fixo no período noturno.
O médico ressaltou que há uma incerteza nas unidades de saúde, onde os responsáveis técnicos aguardam um posicionamento claro dos diretores sobre como os serviços serão reorganizados.
"Estamos esperando uma resposta dos diretores, mas muitos têm dúvidas sobre como isso será administrado", completou.
A reportagem encaminhou questionamento do servidor à assessoria e aguarda retorno para atualização do texto.
Decreto - O documento assinado pela prefeita Adriane Lopes (PP), estabelece uma série de medidas de contenção de despesas no âmbito da administração municipal.
Entre as determinações, destaca-se a redução de custos operacionais, com a restrição de gastos com serviços terceirizados, diárias e, principalmente, a suspensão de benefícios como o adicional noturno e o de difícil acesso, exceto para servidores que ocupam cargos ou funções que exijam o cumprimento de escalas de serviço nesse horário.
O decreto estabelece ainda a renegociação de contratos e a reavaliação dos custos com insumos e serviços terceirizados, com a expectativa de gerar uma economia significativa para o município até 30 de junho de 2025.
A Prefeitura também garantiu que acompanhará os resultados dessas medidas bimestralmente, para avaliar a necessidade de ajustes, mas a falta de clareza sobre o impacto nas atividades da saúde tem gerado um clima de incerteza entre os profissionais que atuam nas unidades de atendimento.
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