Prefeitura quer "melhor dos mundos" no anel viário: mudando traçado e duplicando
Construção de um novo não é considerado em projeto da Prefeitura de Campo Grando
Mais uma vez em discussão na Câmara, o destino do anel viário de Campo Grande – no trecho da BR-163 que liga as saídas para Cuiabá e São Paulo – conta com um projeto na Prefeitura da Capital, disse hoje (28) o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli.
Possibilidade que os vereadores vão debater amanhã (29) na Casa de Leis, a construção de um novo anel para desafogar o alto fluxo de veículos e solucionar problemas que surgiram após o existente ser "engolido" pela cidade, não é considerada pela atual gestão da administração municipal.
A proposta é mudar o trajeto. "O ideal, nosso sonho de consumo, é a duplicação [da BR-163] desde Aquidauana, passando por Sidrolândia e chegando na saída para São Paulo em Campo Grande, onde a gente precisaria alterar o traçado para tirar de dentro da cidade. É o melhor dos mundos", explica Miglioli.
A mudança atenderia à projeção de aumento ainda mais expressivo de cargas transitando após a conclusão da Rota Bioceânica. Envolveria a concessionária CCR MSVia, que administra rodovia, mas pede há cinco anos a relicitação do contrato, e também o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte). O secretário não detalhou como seria esse novo traçado e não falou em estimativas de custos.
A duplicação da rodovia, incluindo o anel viário, é promessa prevista no projeto de relicitação da rodovia. Atualmente ele está travado. O último sinal foi dado no início deste ano pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, quando informou estarem programados nove leilões de estradas federais até dezembro, com a otimização do contrato da BR-163 entre os 15 que deverão ser contemplados até 2026.
Vereadores - Presidente da Comissão Permanente de Mobilidade Urbana da Câmara, o vereador André Luis, "Professor André" (PRD), lembra que outras audiências públicas já discutiram soluções para o trânsito do anel viário de Campo Grande, sendo a última realizada há pouco mais de um ano.
Na opinião dele, o melhor caminho é transpor o trajeto "tirando a rodovia de onde está" e "jogando lá para trás do [condomínio] Terras do Golfe e do Autódromo de Campo Grande", nas regiões do Bairro Jardim Noroeste e Chácara dos Poderes. A proposta é a mesma defendida desde o ano passado.
A pista atual não seria desativada nessa hipótese, mas sim, transformada em avenida perimetral que delimitaria a área urbana de Campo Grande.
Ainda para o Professor André, deixar o traçado como está e apenas duplicar, não resolveria o problema. "A duplicação implica numa maior quantidade de veículos pesados. Hoje transitam lá veículos pesados mesmo, como os caminhões bitrem enquanto a população utiliza o anel viário para deslocamento, o que gera muito acidente de trânsito, principalmente envolvendo moto", finaliza.
Vice-presidente da comissão, Luiza Ribeiro (PT) afirma que desconhece haver projeto de construção de um novo macroanel, e que essa possibilidade provavelmente teria que ser discutida do zero.
Ela diz que amanhã será debatida a melhor solução para "ficar fora o que hoje está dentro" e garantir "qualidade no tráfego e segurança" no anel viário.
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