Prefeitura responde a três ações por precariedade em postos de saúde
Investigação descobriu irregularidades, falta de médicos e equipamentos
Falta de médicos, equipamentos e pelo menos 180 irregularidades no CRS (Centro Regional de Saúde) motivaram mais uma ação civil pública contra a Prefeitura de Campo Grande. Na Justiça, o MPE-MS (Ministério Público Estadual de MS) quer que o Município seja obrigado a adequar a unidade.
Esta já é a terceira ação movida contra a Prefeitura, a respeito de unidades de saúde em condição precária na cidade. Já houve processos para equipar os centros do Coronel Antonino e Vila Almeida.
No novo processo, o Ministério Público aponta que há salas inutilizadas, mobiliários com defeitos, cadeiras e poltronas quebradas e até cadeira de rodas com defeito.
Por exemplo, em sete consultórios do centro não há equipamentos necessários, como balanças antropométricas, estetoscópios e otoscópio, além de macas e mesas para exames e escadas. Na sala de emergência, os três leitos não contam com bomba de infusão, oxímetros de pulso, cilindros de oxigênio e ventiladores mecânicos.
Em relação aos equipamentos que possui, a unidade também tem em quantidade insuficiente. Somente um desfibrilador, cardioversor, sem a função marca-passo externo, um monitor cardíaco, uma maca para transporte, “sendo tais equipamentos insuficientes para a prestação de serviço”.
Os médicos pediatras, por exemplo, só atuam no período noturno, de segunda-feira a sábado, conforme apontou a investigação. Na maioria dos dias, a escola só conta com um a dois médicos.
Na Justiça, o pedido é para que a Prefeitura equipe o Centro Regional, com todos os aparelhos, equipamentos e materiais mínimos em quantidade proporcional ao porte da unidade.
Também quer que a unidade regularize os problemas apontados em relatório situacional do CRS Nova Bahia. Se a ação for aceita pela Justiça, mas não cumprida pelo Município, uma multa deverá ser aplicada.
A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande, via email, mas não houve retorno até o fechamento e publicação deste texto. Ao Município, os questionamentos foram se já havia sido notificado sobre o processo e se existe alguma ação já prevista para resolver a situação do centro de saúde.