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Capital

Preso por estupro no portão mostrava vídeos de pornografia para crianças

O suspeito vai passar por audiência de custódia na Justiça na manhã desta quarta-feira

Viviane Oliveira | 19/10/2022 09:08
Fachada da Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Foto: Caroline Maldonado) 
Fachada da Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Foto: Caroline Maldonado)

O homem de 43 anos que foi preso após ser flagrado por assistente social estuprando duas meninas, de 4 e 8 anos, no portão da casa da avó delas, no Jardim Santa Emília, em Campo Grande, era acostumado a mostrar vídeos de pornografia, em celular, para as crianças do bairro. A família disse que ele sofre de transtorno de esquizofrenia.

Em audiência de custódia realizada na manhã desta quarta-feira (19), a Justiça determinou a internação provisória do homem com encaminhamento ao Caps (Centros de Atenção Psicossocial) III, da Vila Almeida.

O pai de 27 anos de uma das vítimas contou que estava dentro da casa dos pais, enquanto a filha brincava com seus sobrinhos no quintal, quando uma mulher bateu palmas. Ao sair para saber quem era, se deparou com o autor beijando a sua filha.

Assustando com a situação, ele pegou um pedaço de pau e foi para cima do homem, mas o autor correu para dentro da casa dele, que fica ao lado. A mulher que bateu palmas era assistente social e pediu para o pai da vítima aguardar a polícia, pois já tinha chamado. Segundo ela, estava passando pela rua e viu o fato, aproveitou e filmou a cena para mandar o vídeo às autoridades.

Segundo testemunhas, os abusos são recorrentes por parte do autor, que constantemente está tentando beijar as crianças do bairro, mostrando o órgão genital e vídeos de pornografia em seu celular. A irmã do autor, que mora no mesmo terreno que ele, alegou que o homem tem esquizofrenia e ingere medicamentos controlados. O caso aconteceu na tarde de segunda-feira (17).

Em interrogatório, o autor apresentou fala desconexa e sucinta. Negou todos os fatos e disse que as crianças tiram a roupa e ficam peladas, jogando água umas nas outras. Segundo ele, não toma remédio controlado, mas sua família coloca sonífero em seu suco e só percebe quando acorda no dia seguinte. O caso segue sob investigação da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

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