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Capital

“Produtor” que já colocou desinfetante em mel fake é preso com nova remessa

Homem foi preso com 106 frasco de mel e rótulos; ele já tem histórico de fraudar o produto desde 2022

Por Silvia Frias e Jéssica Fernandes | 08/07/2024 12:32
"Mel" apreendido pela Decon que passará por análise (Foto: Jessica Fernandes)
"Mel" apreendido pela Decon que passará por análise (Foto: Jessica Fernandes)

A Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra as Relações de Consumo) apreendeu 126 frascos de mel impróprios para consumo. Os produtos eram vendidos por homem que já era monitorado pela Polícia, por já ter sido flagrado, em anos anteriores, com material “fake”, adulterado com xarope, açúcar e até desinfetante com cheiro de eucalipto.

A prisão de Edmilson Rodrigues, 56 anos, aconteceu hoje, por volta das 8h30, no posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Anhanduí, quando ele estava a caminho de Campo Grande para venda dos produtos. Na capital, os potes eram comercializados na rotatória da Avenida Tamandaré.

O “produtor” não tem NIF (Número de Identificação Fiscal) ou qualquer alvará para a comercialização de mel, segundo informações da Polícia Civil. Os 106 potes ainda vão passar por avaliação.

Em 2022, o homem já tinha sido detido pelo mesmo crime, em Dourados. Na casa dele, foram encontrados frascos e mel produzido por ele, em casa.

Embalagem da vez indicava produção em Minas Gerais do "Mel Serrano" (Foto: Jessica Fernandes)
Embalagem da vez indicava produção em Minas Gerais do "Mel Serrano" (Foto: Jessica Fernandes)

Naquela ocasião, o laudo emitido pelo Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) avaliou que o produto era fraudado e não poderia ser caracterizado como mel. Nele, foram encontrados açúcares e xaropes superaquecidos e formação de HMF (Hidroximetilfurfural), substância que, ingerida em altas quantidades, pode causar danos ao fígado, rins e sistema nervoso central.

Nos rótulos apreendidos com ele, tanto em 2022 quanto agora, consta que o mel seria produzido de fazendas de Goiás ou Minas Gerais, mas a fabricação era realizada na casa dele, em Dourados. Os nomes também variavam: “Abelha Fofinha”, “Mel Silvestre”, “Mel Campestre”, “No Favo”. Atualmente era o “Mel Serrano”.

O custo era de R$ 3, sendo vendido de R$ 20 a R$ 25,00 o litro. Por semana, segundo a Polícia Civil, ele comercializava 1 mil litros.

Segundo informações da Polícia Civil, ele revendida o mel “fake” em Maracaju, Aral Moreira e Bandeirantes. Em fiscalização anterior, até desinfetante com cheiro de eucalipto foi encontrado na composição do produto comercializados no interior do Estado.

O material apreendido hoje ainda passará por análise. Rodrigues foi levado para prestar depoimento na Decon.

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