Professores da UFMS realizam assembleia hoje, mas greve deve continuar
Em greve desde o dia 15 de junho, os professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) realizam na tarde de hoje, 22, assembleia geral para avaliar a contrapoposta apresentada pelo governo federal na última segunda-feira, 20, em que propõe o reajuste salarial de 21,3%, parcelado em quatro anos. Mas não há previsão de retorno das atividades dos docentes. Pelo menos 80% dos docentes estão parados e a universidade sem aula em todo o Estado.
Apesar do índice de reposição, os servidores federais conseguiram avançar na revisão dos benefícios, de acordo com a inflação acumulada no período, incluindo o ano de 2015. O presidente da Adufms (Associação dos Docentes da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), José Carlos da Silva, considera positiva a proposta do governo relativa aos benefícios.
Para os auxílios-alimentação e saúde, sem reajuste há três anos, o governo propôs correção de 22,8%. O primeiro passaria a ser R$ 458,00 e o último, proporcional por faixa etária, sendo o mínimo R$ 101,00 e o máximo R$ 205,00. Já o auxílio-creche, desde 1995 sem correção inflacionária, o acúmulo representa um reajuste de 317%, variando de acordo com os valores praticados em cada estado.
No entanto José Carlos Silva questiona a reposição salarial. “A proposta do governo não repõe nem a inflação do período e temos que considerar que para este ano o índice inflacionário pode bater no 10%”, lembrou ele, acrescentando que hoje, a partir das 14, haverá assembleia geral da categoria na UFMS para definir o calendário de atividades da greve para os próximos dias.