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Capital

Professores mantêm contraproposta e colocam em xeque a volta às aulas em 2023

Categoria deu por encerrada as conversas em 2022 e espera resolver o impasse antes do próximo ano letivo

Jhefferson Gamarra e Gabrielle Tavares | 19/12/2022 18:45
Professores em assembleia nesta segunda-feira (Foto: Paulo Francis)
Professores em assembleia nesta segunda-feira (Foto: Paulo Francis)

Em assembleia realizada no fim da tarde desta segunda-feira (19), os professores da rede municipal de Campo Grande, mais uma vez, recusaram a proposta feita pela prefeita Adriane Lopes (Patriota) em pagar o reajuste para os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) parcelado em três vezes – 3,42% em janeiro, 3,48% em maio e 3,48% em dezembro. Com o impasse, os profissionais colocaram em xeque a volta às aulas de 2023.

Na contraproposta, a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) até aceitou o parcelamento do reajuste de 10,39%, mas exigia que os pagamentos fossem feitos em janeiro (3,42%) e março (6,97%) de 2023. No entanto, a prefeitura não aceitou o acordo.

“A categoria em março aceitou um parcelamento esperando 8 meses para receber, na sexta-feira a categoria, mais uma vez, estendeu a mão e aceitou mais uma vez esperar um parcelamento do parcelamento, jogando para janeiro e março uma situação que era pra ser cumprida em novembro. Hoje a categoria coloca pra prefeita uma situação que estamos entrando em férias, em semana festiva de natal e ano novo. Mas que a prefeita precisa entender que isso não é um porto seguro, que é uma situação grave e delicada que a categoria espera com essa ação de hoje, que não se retorne as aulas em fevereiro, sem uma resposta positiva da prefeita”, esclareceu o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Gilvano Bronzoni.

Conforme a Lei Municipal 6.796/2022, o reajuste para os professores deveria ser de 10,39% nos salários de dezembro. O piso salarial é R$ 3,3 mil para 20 horas semanais de trabalho e com o reajuste integral, a remuneração mínima para a categoria subiria para R$ 3,8 mil.

O Executivo alega que a mesma lei impede que se extrapole o limite prudencial previsto na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e por isso, não pode cumprir com a “promessa” feita em março deste ano.

“Achamos de grande importância a chefe do Executivo sentar com a categoria para a negociação. Daqui pra frente a prefeita tem que fazer um esforço para sentar à mesa, porque ela é a chefe. Ela que tem que gerir as políticas que atendam as pessoas, para que possamos avançar”, frisou o presidente do sindicato, descontente com a ausência da prefeita Adriane Lopes nas reuniões.

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