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Capital

Quadrilha que furtou condomínios ficará presa por tempo indeterminado

Envolvidos foram presos em flagrante nesta terça-feira, um conseguiu liberdade provisória hoje

Liana Feitosa | 15/09/2022 15:40
Grupo em viagem ao litoral gastando dinheiro resultado de furtos. (Foto: Polícia Civil)
Grupo em viagem ao litoral gastando dinheiro resultado de furtos. (Foto: Polícia Civil)

Um dos membros da quadrilha presa nesta terça-feira (13) por furtar casas em condomínios de alto padrão ficará preso por tempo indeterminado e outro ganhou liberdade provisória, após audiência de custódia realizada hoje (15). Ambos foram presos, junto com outras 5 pessoas, por envolvimento em pelo menos seis invasões a condomínios da cidade.

De acordo com a Derf (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos), membros do grupo já haviam sido presos em abril deste ano pelo mesmos crimes, mas foram beneficiados com medidas cautelares ou liberados por não terem antecedentes criminais.

Naquela ocasião foram detidos Solange Ferreira Lima, 47 anos, Luiz Gustavo Brunetto, 24 anos, Valdeir Pereira de Moraes, 27 anos, Rafael Ferreira Fernandes, 27 anos, e Bruno Norberto Artur, 21 anos.

Luiz Gustavo e Valdeir foram mantidos presos, já Rafael Ferreira e Bruno Norberto foram liberados mediante monitoramento eletrônico, e Solange teve a prisão convertida em domiciliar.

Agora, nessa semana, esses últimos três foram novamente flagrados cometendo os mesmos delitos. Rafael foi detido e permanecerá preso, sem direito a pagamento de fiança. Além dele, Vitor Emmanuel de Oliveira dos Santos, de 20 anos, também foi detido, mas ganhou liberdade provisória hoje mediante o uso de tornozeleira eletrônica.

Em abril, Rafael conseguiu a mesma liberdade concedida a Vitor hoje, já que não tinha antecedentes criminais. Mas, agora, diante do cometimento de novos crimes, permanecerá detido.

De acordo com o Poder Judiciário, Rafael é natural de Franca (SP), é casado, tem ensino médio incompleto, e morava na região leste da Capital com a esposa e três filhos, um de seis anos, outro de dois anos e o mais novo de seis meses.

Membro da quadrilha ostentava nas redes sociais. (Foto: Reprodução)
Membro da quadrilha ostentava nas redes sociais. (Foto: Reprodução)

Crimes - Ele e seus comparsas mantiveram o modus operandi praticado em abril, ou seja, acessavam casas de condomínios de alto padrão e subtraíam pertences de alto valor, que eram vendidos por Solange posteriormente. O furto de somente uma casa rendeu à quadrilha R$ 500 mil de “lucro”.

Segundo a Derf, imagens divulgadas nas redes sociais dos suspeitos mostraram que o grupo estava "usufruindo de bens, viagens, veículos e objetos de marcas renomadas, sendo tudo fruto do dinheiro arrecadado com a venda dos bens subtraídos das residências das vítimas".

Eles fingiam ser trabalhadores da construção civil para se infiltrar em condomínios como Terra Ville, Damha, Golden Gate e Vilas Park. No dia 13, a policiais da delegacia cumpriu mandados de busca e apreensão em 6 endereços e conseguiu recuperar celulares, documentos, dinheiro em espécie, veículos e objetos retirados das vítimas, além de alguns bens que teriam sido comprados com valores furtados.

Modus operandi – Os criminosos entravam escalando as murros dos condomínios, cortando a cerca elétrica ou concertinas. Inativando o sistema de segurança, eles invadiam as casas mais próximas ao muro de terrenos com obras ou vazios.

Segundo os criminosos, as residências eram escolhidas de maneira aleatória, pelo menos inicialmente. Eles observavam se havia pessoas no momento da ação, carros estacionados, luzes acessas ou não.  Após a analise prévia, entravam nas casas rompendo obstáculos também, arrombando portas e janelas. “Tendo certeza que que não tinha ninguém na casa, eles buscavam os cofres”, disse o delegado Jackson Vale, da Derf.

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