Quase 24h após decreto, preço da tarifa de ônibus não está claro para população
Enquanto isso, grupo de estudantes organiza protesto contra o reajuste do passe
O Campo Grande News percorreu pontos de ônibus da região Central de Campo Grande, na tarde desta sexta-feira (24), e as placas com o novo valor da tarifa ainda não estão disponíveis para população, mas os R$ 4,95 já estão sendo cobrados. Enquanto isso, um grupo de estudantes já organiza uma manifestação contra o aumento do passe.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Na tarde de sexta-feira (24), o Campo Grande News reportou que as novas tarifas de ônibus na região Central de Campo Grande, que foram reajustadas para R$ 4,95, já estão sendo cobradas, embora as placas informativas ainda não tenham sido instaladas. A Agetran estipulou um prazo até sábado (25) para a atualização das informações, sob pena de multa. Enquanto isso, um grupo de estudantes organiza uma manifestação contra o aumento, argumentando que a mudança não reflete a realidade dos trabalhadores e criticando a gestão do Consórcio Guaicurus, que é responsável pelo transporte público na cidade. O movimento busca dar voz à insatisfação popular em relação à infraestrutura do transporte coletivo, que, segundo os manifestantes, está deteriorada.
Publicado por volta das 20h de ontem (23), em publicação extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), a tarifa teve reajuste de 20 centavos e já está sendo cobrado dos usuários. É obrigação do Consórcio Guaicurus deixar esse novo valor de fácil acesso, tanto que foi atualizado no site da empresa, mas ainda não está adesivado nos locais de livre circulação dos passageiros.
Segundo a Agetran (Agência Municipal de Trânsito), responsável pela fiscalização dos deveres a serem cumpridos pelo transporte coletivo, o prazo para troca é até este sábado (25) e, se passar, pode ser aplicada multa – não informando o valor. A assessoria de comunicação do consórcio afirma que os adesivos informativos estão sendo fixados, mas a reportagem não encontrou o atualizado. No terminal Hércules Maymone, na Rua Joaquim Murtinho, o antigo comunicado de preço está rasgado.
Enquanto a empresa organiza as questões burocráticas do contrato, um grupo de estudantes iniciou o movimento de manifestação contra o reajuste. Mais de 65 pessoas organizam a movimentação, que terá dia e hora decididas nesta noite.
“Usamos as redes sociais para discutirmos todos os direitos sociais que interessam à sociedade, tais debates são realizados informalmente de maneira participativa, objetivando sempre dar voz à população campo-grandense", disse um dos manifestantes, o operário de obras de 34 anos.
Ele prefere não se identificar, mas defende que esse aumento não é coerente com a realidade dos trabalhadores. "Para que haja um aumento dessa monta, acreditamos ser necessário inicialmente um diálogo com a classe trabalhadora. Também é necessário destacar a insatisfação popular com a gestão do Consórcio Guaicurus, pois toda infraestrutura oferecida como transporte público se encontra sucateada", termina.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.
